19/04/2025

ABOL lidera debate sobre transição energética durante a Intermodal 2025



Qual o combustível do futuro no Brasil? Essa é uma das principais perguntas feitas pelos Operadores Logísticos que buscam na descarbonização uma das estratégias para minimizar o impacto das suas atividades no meio ambiente. Não é à toa que o tema será destaque durante o segundo dia da edição 2025 da Intermodal South America. E diante do envolvimento da Associação Brasileira dos Operadores Logísticos (ABOL), que tem direcionado as empresas a encontrarem a alternativa mais assertiva em meio às soluções sustentáveis disponíveis no mercado, a diretora executiva da entidade, Marcella Cunha, será responsável pela mediação do painel sobre o assunto no dia 23 de abril, às 15 horas. O objetivo é apresentar os melhores caminhos para cada modal, impulsionando a transição para uma logística de baixo carbono. 


Participarão do debate o CEO Latam do LOTS Group, Edson Guimarães, o Sales Managing Director na FedEx e Presidente do Conselho Deliberativo da ABOL, Eduardo Araújo, e o diretor Latam Cargo Brasil da LATAM Cargo, Otávio Meneguette. “O painel oferece mais uma oportunidade para entendermos como o segmento logístico brasileiro está se preparando para um futuro com menos emissões e mais inovação. O desafio da descarbonização é coletivo, mas as soluções precisam ser adaptadas à realidade de cada modal e tipo de operação", destaca Marcella, que, constantemente, traz o tópico à tona por meio do grupo ESG da Associação. 


Vale lembrar que a escolha da pauta como prioridade está ligada a um cenário desafiador: cerca de 13% dos Gases de Efeito Estufa (GEE) emitidos no país têm origem no setor de transportes – um dos pilares de atuação dos Operadores Logísticos (OLs), junto à armazenagem e gestão de estoques. O modal rodoviário, responsável por aproximadamente 60% da movimentação de cargas, também concentra a maior parte dessas liberações, consequência do uso, ainda predominante, do diesel. O 1º Inventário de Emissões de GEE das associadas à ABOL, lançado em 2024, reforçou esse panorama ao indicar que 94,5% das emissões nas operações dos OLs derivam da queima de combustíveis fósseis.


Para reverter esse quadro, os operadores têm optado por combustíveis alternativos como biometano, HVO (diesel verde), hidrogênio verde, além de fontes mais consolidadas, como eletricidade, etanol e GNV. “A pesquisa Perfil do Operador Logístico 2024 revelou que 39% das empresas já priorizam a eletrificação de suas frotas. O etanol (33%) e o GNV (26%) aparecem ainda como apostas por sua menor emissão de carbono e melhor infraestrutura de abastecimento. A meta média das empresas é a redução de 37% nas emissões de CO₂ em oito anos. Pensando nisso, muitas têm diversificado o seu planejamento, investindo, inclusive, em seus próprios postos de combustíveis para gases”, diz a diretora da ABOL. 


Segundo ela, isso significa que apesar de as soluções mais eficientes e sistêmicas exigirem um esforço conjunto e projetos bem estruturados, integrando setores públicos e privados, no curto prazo o OL vem focando cada vez mais no mercado de carbono, a partir de estudos e benchmarking e com o suporte de tecnologias adequadas, de modo que possa conciliar a necessidade de se poluir cada vez menos com uma logística eficiente e inteligente. “Esse é o caminho para o avanço na redução das emissões no setor”, conclui Marcella, que também estará na cerimônia de abertura da Intermodal e será uma das entrevistadas para o podcast do evento. 


SOBRE ABOL


Regulamentar a atividade dos Operadores Logísticos (OL), responsáveis pelos serviços de transporte, armazenagem, e gestão de estoque, e garantir maior segurança jurídica, competitividade e sustentabilidade ao setor. Este é um dos grandes propósitos da ABOL - Associação Brasileira de Operadores Logísticos. Desde 2012, a entidade representa, promove e trabalha em prol do desenvolvimento do setor e na defesa do protagonismo e essencialidade dos operadores associados, empresas nacionais e multinacionais que atendem as mais diversas cadeias produtivas e que, juntas, detêm 16% da Receita Bruta de todo o mercado.



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