Tecnologia e inovação na atividade dos Operadores Logísticos

20/07/2023

Os Operadores Logísticos desempenham um papel crucial na cadeia de suprimentos e no transporte de mercadorias em todo o mundo. Com o avanço tecnológico, eles têm visto mudanças significativas em suas operações, permitindo melhorias na eficiência, rastreabilidade e velocidade das atividades. Algumas das principais formas pelas quais o avanço tecnológico está impactando os Operadores Logísticos incluem:

➡️ Sistema de Gerenciamento de Armazém (WMS - Warehouse Management System): Os WMS modernos permitem que os Operadores Logísticos controlem e otimizem as operações de armazenamento de mercadorias. Eles possibilitam um acompanhamento em tempo real dos estoques, a localização eficiente de itens e a gestão automatizada de fluxo de materiais, resultando em maior precisão e redução de erros no armazenamento e na coleta de produtos.

➡ Rastreabilidade e visibilidade: Tecnologias como RFID (Identificação por Radiofrequência), códigos de barras e sistemas GPS tornaram possível rastrear mercadorias em tempo real ao longo de toda a cadeia de suprimentos. Isso aumenta a visibilidade das operações logísticas, permitindo que os Operadores Logísticos e seus clientes acompanhem a localização e o status das remessas, melhorando o planejamento e a tomada de decisões.

➡️ Automação: O avanço da automação na logística está transformando os armazéns e centros de distribuição. Sistemas automatizados de picking (empacotamento) e movimentação de mercadorias agilizam as operações, reduzem a dependência de mão de obra e diminuem os custos operacionais.

➡️ Big Data e Analytics: Com o aumento da quantidade de dados gerados pelas operações logísticas, as soluções de big data e análise de dados possibilitam a obtenção de insights valiosos. Os Operadores Logísticos podem usar essas informações para identificar padrões, prever demandas futuras, otimizar rotas e tomar decisões informadas que levem a uma maior eficiência.

O uso de drones pelos Operadores Logísticos

Quando se trata de entregas, a last mile, ou última milha, ganhou atenção especial nos últimos anos. É justamente nessa última fase de envio das mercadorias que os drones passaram a ser vistos como uma alternativa eficaz. Há Operadores Logísticos que realizaram entregas de vacinas contra a Covid-19 por meio de drones nos Estados Unidos e hospitais rurais na África. Outros investiram em drones para tornar a gestão de estoque em armazém mais eficiente.

Nesse caso, o drone se mostrou uma opção simples, de custo baixo e ao mesmo tempo efetiva para aprimorar a conferência de estoque, que passou a ser semiautomática. Por meio de um tablet, o colaborador pilota o drone pelas estruturas da área de armazenagem, escaneando com um laser os códigos de barras e tirando fotos.

O resultado foi ganho de tempo e precisão na verificação e atualização dos produtos em estoque, alimentando o sistema que faz a gestão do inbound e do outbound. A sistemática, além de mais rápida, dispensa o uso de empilhadeiras, trazendo mais segurança, pois evita que colaboradores subam em alguma estrutura para acessar os espaços mais altos e fazer a contagem.

Para o futuro, já são esperadas plataformas aéreas (naves mãe) para lançamento de drones. Cada ferramenta conta com as suas particularidades, envolvendo pontos positivos e negativos. Mas, uma coisa é certa, é preciso sempre priorizar o capital humano e estar abertos às novidades, de forma que as ferramentas sejam aliadas das empresas, sempre mantendo a competitividade e aumentando a produtividade.

A Inteligência Artificial e os Operadores Logísticos

Em meio a popularização de ferramentas como o ChatGPT, a Inteligência Artificial cada vez mais é colocada sob os holofotes em diferentes setores da economia. E não é para menos, já que uma pesquisa recente da consultoria FrontierView, encomendada pela Microsoft, aponta que a IA pode contribuir para um crescimento de 4,2% do PIB brasileiro até 2030.

Além disso, o setor de Inteligência Artificial deve ser avaliado em U$ 93 bilhões este ano, cerca de 12% a mais do que no ano anterior, conforme previsões do GlobalData. Ou seja, o cenário é claro, as novas ferramentas, desenvolvidas para "imitar" a capacidade humana de raciocinar, vieram para ficar e prometem alavancar os negócios. E o mercado de logística já começou a se inserir neste novo contexto.

Aos poucos, os Operadores Logísticos têm incorporado essa nova funcionalidade, com o objetivo de buscar melhorias, como a otimização da operação ao longo da cadeia de suprimentos, em tempo real, por meio do uso de algoritmos, possibilitando análises descritivas, diagnósticas e preditivas.

Os processos que mais se beneficiam da Inteligência Artificial são os sistemas de roteirização de veículos de distribuição fracionada, com destaque para as entregas do last mile; sistemas de previsão de demanda, monitoramento e rastreamento de veículos de carga; torre de controle; e veículos autônomos, cuja utilização começa a se tornar mais real e frequente, tanto na intralogística, quanto na última milha, por meio do uso de robôs.

Quando se trata de ocasiões especiais, como o Dia das Mães, a IA está entre as ferramentas mais utilizadas pelos Operadores Logísticos junto a sistemas integrados com os clientes, WMS e TMS (voltados ao gerenciamento do transporte e do armazém), roteirizador e soluções mobile para rastreamento e comprovação de entregas on-line.

Os Operadores Logísticos e as tecnologias do futuro

Tecnologias como metaverso, blockchain e o uso de drones cada vez mais ganham espaço quando o assunto é investimento em inovação em diversos segmentos e no setor de logística.

Atentos às mudanças geradas pelo incremento do e-commerce, cuja alta foi de quase 40% em 2021, e aos anseios de um novo consumidor, ainda mais exigente, os Operadores Logísticos (OLs) encontram nas chamadas “ferramentas do futuro” a oportunidade de garantir ainda mais eficiência, agilidade e redução de custos na gestão, armazenagem, controle de estoque e distribuição de mercadorias.

A trajetória ainda é longa e muitos projetos ainda estão em fase de testes, mas empresas especializadas em logística de ponta a ponta já conseguem vislumbrar resultados positivos.

Conforme constatado pela ABOL, já é possível fazer controle de temperatura dos armazéns por realidade mista, com o uso de óculos ou outros dispositivos de acesso. Dentro da realidade virtual (RV), também há empresas, que vêm usando simuladores mais realistas para treinamento de motoristas, com riscos de estradas, obstáculos, acidentes e estradas sinuosas mais realistas.

A conexão entre o mundo virtual e o físico vai se tornando mais frequente e os casos práticos mostram a importância da adoção dessas estratégias pelos Operadores Logísticos, que podem, ao mesmo tempo, facilitar e otimizar processos e satisfazer o cliente, trazendo a ele uma nova experiência de compra sem sair de casa.

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