A Raízen está atenta ao crescimento das operações de balsas na Bacia Amazônica nos últimos anos. A expansão das operações fluviais no norte do país motivou a empresa a buscar melhoria contínua das operações e a incentivar as tripulações locais para garantir melhoria contínua do negócio. A empresa identificou que existe uma rotatividade de profissionais (turnover) na região, o que reforça a necessidade de maior capacitação e estímulos para tripulantes que atuam nos rios amazônicos.
A logística da Raízen por via fluvial movimenta variados tipos de carburantes, desde gasolina de aviação, óleo diesel, etanol e etanol hidratado, até etanol anidro, biocombustíveis e biodiesel. Desse grupo, o óleo diesel é o principal produto transportado e visto como importante para a movimentação de safra para a região. Os principais rios por onde passa essa logística local são os rios Amazonas, Tapajós e Madeira. A logística da Raízen atualmente opera em torno de 60 balsas de 4 mil m³ e 23 empurradores, com sete embarcados em cada empurrado, totalizando cerca de 160 pessoas.
A principal rota da Raízen é de Manaus (AM) para Porto Velho (RO), mas a empresa também opera trechos para Santarém e Itaituba (PA). Em breve, entra em operação outro terminal da Raízen construído em Miritituba (PA).
“A região Norte é o único local do Brasil com dois dígitos de crescimento. Por isso, a aposta no novo terminal para suprir essa demanda. Temos um plano de investimentos na região e trabalhamos com crescimento junto às transportadoras para absorvê-lo”, destacou o gerente de transportes da Raízen, licenciada da marca Shell, Gabriel Salgado.
As operações envolvendo transporte fluvial da Raízen, assim como no modal rodoviário, são terceirizadas. As empresas WPL e CNA são contratadas para fazer essa logística para a Raízen. Salgado acrescentou que a construção de balsas demanda planejamento junto aos transportadores para estruturar com antecedência a aquisição de novas balsas, projetando o crescimento do volume e a necessidade de novas unidades ou afretamento de embarcações.
“Exigimos um nível de segurança superior ao mercado, o que faz com que o planejamento seja cada vez mais assertivo. Não se consegue colocar do dia pra noite uma outra transportadora”, ressaltou.
O transporte de combustíveis oferece riscos ambientais e de segurança da tripulação considerados maiores em comparação com outros tipos de cargas, como granéis sólidos. Além disso, são operações em áreas remotas, em que os profissionais ficam 15 a 20 dias distantes de outras áreas da empresa, como departamentos administrativos.
A Raízen observou a necessidade de encontrar meios de engajar esses profissionais com as atividades da companhia. “A motivação vai além do salário. É fazer com que eles se sintam mais reconhecidos, senão fica algo muito frio”, disse Salgado.
Este ano, a Raízen realiza uma competição para incentivar a segurança e as boas práticas no transporte fluvial. O ‘Timão de Ouro’ avalia habilidades das tripulações que realizam o transporte de combustíveis pelos rios da região Norte.
A dinâmica, que há 10 edições é realizada pela empresa nos parceiros do transporte rodoviário, foi adaptada também para o modal fluvial. Salgado destacou que o rodeio de caminhões trouxe benefícios para as operações rodoviárias da Raízen, incentivando uma disputa para atender requisitos de segurança e produtividade.
A empresa considera o programa bem disseminado a nível Brasil e uma política de acompanhamento mais próxima dos colaboradores. Com as restrições trazidas pela pandemia, as competições terão dinâmicas online e os vendedores receberão em dinheiro valores equivalentes ao que seria gasto em despesas com eventos presenciais de confraternização com a presença de familiares dos tripulantes. “Entendemos que precisamos estar próximos, fazendo com que eles se sintam próximos da operação”, afirmou.
20/12/2024
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