Em um mundo cada vez mais guiado pelas máquinas, é de extrema relevância debater as novas tecnologias, como a inteligência artificial, e as suas aplicações no dia a dia das empresas. E, por isso, esse também foi um dos pontos de atenção da IX edição do Congresso ABOL. Michelle Schneider, autora e palestrante, falou sobre as inovações que, sozinhas, têm a capacidade de mudar o mundo.
"Enquanto todos falam de IA, existem outras que também são absolutamente transformadoras: a biotecnologia e a robótica. Juntas, essas três são consideradas Tecnologias de Propósito Geral, inovações capazes de mudar profundamente a forma como vivemos e trabalhamos, assim como aconteceu com as máquinas a vapor, a eletricidade, os computadores e a internet".
A especialista, que também é sócia da Signal & Cipher e professora na Singularity University, trouxe para o público a reflexão de que quem não se reinventar, constantemente, nos próximos anos deixará de ser relevante. Principalmente quando falamos sobre mercado de trabalho. Para ela, aqueles que terão destaque serão os que conseguirem transformar completamente a forma como atuam. “Você não será substituído por uma IA, mas sim por um ser humano que saiba utilizá-la melhor do que você”, declarou.
Quem também trouxe para o centro dos debates a tecnologia foi Cristiano Kruel, Chief Innovation Officer da StartSe. Assim como Michelle, ele acredita que a adaptação às novas tecnologias é o passo número um para o sucesso no futuro. Isso porque, na visão dele, as máquinas são poderosas para aqueles que têm repertório, mas só trazem problemas para aqueles que não sabem a melhor maneira de utilizá-las.
"Existem perguntas que não têm nenhuma resposta certa. Tendemos a fazer essas perguntas e depois achar que a nossa máquina probabilística errou. Mas, qual o jeito certo de usar o ChatGPT? Essas são máquinas estocásticas, com uma capacidade de acumular dados gigantesca. E algumas vezes achamos que elas erram, mas na realidade elas armazenam, analisam, inventam e criam. E nós é que não utilizamos da maneira correta", argumentou o especialista.
Repensar a forma como enxergamos o futuro, entender melhor o que os próximos anos reservam e quais as tendências que devem ser seguidas para não perdermos competitividade. Tudo isso é muito importante neste mundo cada vez mais conectado e trocar informações com aqueles que vivem a inovação como rotina é essencial.