A Tegma (TGMA3) registrou lucro líquido de R$ 53,5 milhões no terceiro trimestre de 2022, alta de 56,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. A margem líquida atingiu 12,9%, 1,9 ponto percentual abaixo do reportado um ano antes.
A receita líquida da companhia somou R$ 415,5 milhões, crescimento de 79,5% em comparação com igual intervalo de 2021.
O lucro antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) atingiu R$ 81,3 milhões, avanço de 123,8% na mesma base de comparação. No critério ajustado, o Ebitda reportado foi de R$ 87,9 milhões, 135% maior do que o registrado um ano antes. Já a margem Ebitda ajustada ficou em 21%, cinco pontos percentuais acima da margem registrada em 2021.
O fluxo de caixa livre, por sua vez, atingiu R$ 41,1 milhões entre julho e setembro de 2022, número 95% maior do que o reportado no mesmo intervalo do ano anterior.
No relatório com os resultados financeiros, a companhia diz que, ao longo do terceiro trimestre de 2022, foi possível observar uma inflexão de tendência importante para o mercado automotivo.
No trimestre encerrado em setembro, a produção de veículos foi 34% superior ao mesmo período de 2021. Na mesma base comparativa, a companhia vendeu 653 veículos comerciais leves, número 22,4% maior do que os 533 vendidos um ano antes. Desse total, 108 veículos correspondem à exportação (alta de 55,2%), 544 dizem respeito às vendas domésticas (alta de 17,5%).
“A tendência de queda das vendas de veículos com base comparativa de 12 meses que se via desde meados de 2021 se reverteu de forma positiva em julho de 2022, como consequência da melhora na disponibilidade de peças e semicondutores para as montadoras. A tendência de produção de veículos, por sua vez, se reverteu de forma positiva em abril de 2022”, diz a companhia.
Apesar dessa recuperação, as vendas e produção permanecem 28% e 22% inferiores, respectivamente, aos níveis mais altos observados no final de 2019 e início de 2020, diz a companhia.
A empresa destaca ainda que fatores macroeconômicos como uma taxa de desemprego que segue alta, renda disponível reduzida e restrições de crédito automotivo ao consumidor ainda podem limitar a retomada.
Fonte: Valor Econômico