O governador eleito de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), vai criar uma “supersecretaria” no Estado com a unificação de Infraestrutura, Meio Ambiente, Transporte e Logística. O futuro secretário, que será anunciado nesta sexta-feira (25), deve ser um nome ligado ao ex-ministro da Infraestrutura no governo Jair Bolsonaro (PL), que assumirá o Palácio Bandeirantes em janeiro.
Tarcísio tenta minimizar a atual influência do PL e do União Brasil nas áreas de transporte e logística. Ele manterá as atuais 23 secretarias estaduais, quatro secretarias extraordinárias e a Procuradoria-Geral do Estado, mas afirmou que deve unificar ou dividir algumas pastas.
Na gestão do governador Rodrigo Garcia (PSDB), a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente cuida de recursos hídricos e saneamento, é responsável pela Sabesp e Cetesb e está separada da Secretaria de Logística e Transporte, que administra balsas, estradas, o Porto de São Sebastião, a Dersa e o DER.
O governador eleito anunciará nessa sexta (25) também o futuro secretário da Casa Civil. Tarcísio tenta conciliar a pressão dos grupos do presidente Bolsonaro e do ex-ministro Gilberto Kassab (PSD), que buscam espaço na gestão.
O governador eleito anunciou até o momento os titulares da Saúde (médico e ex-deputado Eleuses Paiva, do PSD) e da Educação (atual secretário da mesma área no Paraná, Renato Feder).
Nesta semana, o governador eleito anunciou 105 nomes para a equipe de transição e há a expectativa de que essa lista ainda aumente, para acomodar não só outros indicados por bolsonaristas e pelo PSD de Kassab, mas também do Republicanos, PL, PTB e de outros partidos que farão parte da base aliada.
Tarcísio se reuniu nessa quinta (24) com o presidente da Assembleia Legislativa, Carlão Pignatari (PSDB), para tratar de mudanças que devem ser feitas na proposta de lei orçamentária para 2023, com a redução de investimentos. O governador eleito esteve também com o deputado Capitão Derrite (PL), que participa da equipe de transição e é um dos cotados para comandar a Secretaria de Segurança.
Fonte: Valor Econômico