O ano de 2020 não deu opção a muitos empreendedores, principalmente aos pequenos e médios. O fechamento do comércio colocou a maioria diante do dilema: ecommerce ou nada. Sem muitos recursos ou conhecimento técnico, vários deles engrossaram a carteira de clientes da Nuvemshop, plataforma de ecommerce líder na América Latina. Não à toa, o faturamento dos lojistas saltou 280%, alcançando R$ 3,5 bilhões na América Latina. E, para 2021, que continua desafiador principalmente para PMEs, a previsão é de que elas ultrapassem R$ 7 bilhões na região.
Segundo Alejandro Vázquez, cofundador e diretor comercial da Nuvemshop, a receita para esse sucesso é o formato de atuação em ecossistema que a Nuvemshop adotou desde o início da sua operação, em 2011. “Somos um ecossistema com milhares de parceiros integrados, desde desenvolvedores de aplicativos de envio, por exemplo, até agências de marketing e performance”, afirma Vázquez. “Tudo o que o nosso cliente precisa para vender online está aqui, de forma plug and play ." Ou seja, tudo é feito automaticamente, sem a necessidade de instalar programas.
Para fazer isso, o essencial é apenas um celular ou computador com acesso à internet.
Atualmente, 80 mil lojas estão ativas na Nuvemshop, que está preparada para receber empresas de todos os tamanhos. Seu quadro de funcionários tem mais de 400 pessoas, que trabalham em home office nas cidades de São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e em diversos outros estados do Brasil, além de Buenos Aires e Cidade do México. Integrada à sua plataforma, a Nuvemshop tem 150 aplicativos e, até o fim de 2021, a expectativa é de que esse número dobre.
Esses aplicativos são oferecidos por parceiros para resolver qualquer necessidade dos lojistas. “Há tanto aplicativos de mercado quanto aqueles desenvolvidos exclusivamente para a nossa plataforma, que surgiram para melhorar algum processo ou solucionar algum problema dos nossos clientes”, explica Vázquez.
Exemplos há muitos. Um deles surgiu no ano passado, quando a pandemia fez com que o segmento de alimentos e bebidas saltasse na Nuvemshop. “Antes de 2020, essas empresas atuavam muito no offline e, no máximo, trabalhavam com marketplaces como iFood, Uber Eats, Rappi etc.”, afirma o cofundador da empresa. “Com o fechamento do comércio, eles quiseram ter contato direto com os clientes, e muitos vieram para a nossa plataforma”, explica. Os restaurantes Ráscal e Chalezinho são alguns dos exemplos.
O problema que não existia até então era a necessidade de limitar a região de entrega de alguns lojistas. Afinal, quem vende celular quer vender para o país todo, mas quem vende uma refeição pronta não pode mandar de Moema, na zona sul de São Paulo, para o Guarujá, no litoral paulista.
Não demorou nada e um dos parceiros da Nuvemshop resolveu a questão com um aplicativo desenvolvido especificamente para os restaurantes, que incluía a limitação da distância da entrega para garantir a qualidade do produto (alimento) até que chegasse ao consumidor. Missão cumprida.
AGÊNCIAS\
O ecossistema Nuvemshop também tem parceria com outro grande universo, que é o das agências de marketing e profissionais freelancers que prestam serviços para ajudar o sucesso dos seus clientes. Nessa frente, há mais mil agências e profissionais parceiros.
“Essa é a ideia do ecossistema, várias empresas trabalhando juntas”, afirma Vázquez. E, no seu raciocínio, quanto mais clientes a Nuvemshop tiver, mais parceiros irá atrair. E, quanto mais parceiros fizerem parte do ecossistema, mais ofertas serão disponibilizadas para os lojistas aumentarem suas vendas. E, claro, quanto mais eles venderem, mais parceiros serão atraídos para a rede. “É assim que o ecossistema se alimenta”, diz ele. “Daqui a 5 anos teremos 600 mil lojistas e será impossível esperar que apenas a Nuvemshop consiga resolver todos os problemas que vão surgir pelo caminho”, afirma.
A estratégia, então, é criar essa imensa rede de parceiros para oferecer aos clientes a resolução de problemas na velocidade que o varejo precisa e com a qualidade de serviço prestado por empresas especialistas. “O ‘core’ da Nuvemshop é outro, somos uma empresa de integração que pluga sistemas de gestão, pagamentos e envios”, afirma. “Não somos desenvolvedores de aplicativos e nem especialistas em performance ou marketing, mas nossos parceiros são.”
QUANTO CUSTA ESTAR NA NUVEMSHOP\
Outro ponto importante para a viabilizar a criação do ecommerce é o custo. A Nuvemshop trabalha com uma política de preços bastante acessível, com mensalidades que vão de R$ 49,90 a R$ 199,90. Além disso, cobra uma taxa, por venda concluída, que vai de R$ 0,49 a R$ 1,99. Seus parceiros devem seguir a mesma política de custos acessíveis. E está nos planos da empresa fazer investimentos para acelerar o desenvolvimento dos parceiros ou, pelo menos, diminuir o seu risco. Planos, aliás, não faltam para a empresa que quer seguir construindo o maior ecossistema de ecommerce da América Latina. Recentemente, no final de março, ela recebeu R$ 500 milhões em rodada de investimento.
Existe também o Plano Empresarial, para aqueles que já têm um ecommerce maduro e pretendem um crescimento ainda maior. Quem opta por esse plano tem acesso a melhores negociações de taxas, orientação e atendimento especializados, segurança e agilidade na migração e ferramentas estratégicas e personalizadas, entre outros pontos.
CRESCIMENTO DE 1.180% EM VENDAS\
A AM Ferramentas, empresa que desenvolve e vende ferramentas para o mercado equino, é um exemplo de pequena empresa que conheceu a Nuvemshop durante a pandemia.
Desde 2016, a empresa tinha uma loja virtual ativa, mas, até um ano atrás, ela respondia por apenas 10% das vendas. O restante do faturamento vinha de vendas via WhatsApp, que não estavam integradas ao comércio eletrônico. “Quando a pandemia começou, as vendas zeraram em todos os canais”, relembra Tarnie Ricardo Montibeler, sócio da AM Ferramentas.
No início do ano passado, Montibeler conheceu a Nuvemshop. Um mês depois, excluiu a loja antiga online e, em março de 2020, lançou a nova loja virtual criada na Nuvemshop. “Foi o que salvou a empresa”, diz Amarildo Montibeler, fundador, sócio majoritário da AM Ferramentas e pai de Ricardo. Pai e filho trabalham juntos e cuidam do dia a dia da empresa.
Em 30 dias de operação, as vendas pelo site aumentaram 280% em relação à média de 2019, quando ainda nem havia pandemia. Nos meses seguintes, a performance saltou 500% e 600%, respectivamente, também em relação à média do ano anterior. No total, o resultado de 2020 ficou 1.180% acima do registrado no ano anterior.
Para Ricardo Montibeler, a facilidade de uso foi responsável pelo sucesso da nova loja. “Nós vendemos ferramentas para cuidar de cavalos, e uma parte do nosso público não tem intimidade com a internet”, explica. “No novo ecommerce é muito simples percorrer o trajeto das vendas e concluir o processo”, explica. “Além disso, se algum cliente se perder pelo caminho, conseguimos resgatá-lo porque agora temos os dados para entrar em contato com ele, o que era impossível na versão anterior”, acrescenta Amarildo.
Internamente, a facilidade também aumentou. Até então, a loja virtual era desenvolvida por um profissional autônomo, que cobrava por hora trabalhada e nem sempre tinha expertise suficiente para atender as demandas da empresa.
“O site antigo era difícil de navegar e cada melhoria que pensávamos fazer era custosa e muito demorada. Agora, nós mesmos conseguimos fazer tudo. É plugar e pronto, já funciona”
Financeiramente, o investimento no plano empresarial da Nuvemshop que a AM Ferramentas contratou é equivalente ao custo de desenvolvimento que a empresa tinha com o antigo desenvolvedor.
Hoje, a loja virtual responde por 40% do faturamento da AM Ferramentas. E as vendas por WhatsApp, que continuam respondendo por 60% do total, estão totalmente integradas à plataforma da Nuvemshop e ao sistema de gestão da empresa. “Tudo ficou automatizado, muito mais simples”, afirma o sócio. Além de utilizar a plataforma, a empresa também contratou parceiros Nuvemshop para fazer melhorias no site e gerar tráfego pago. “O tráfego pago, por exemplo, trouxe resultado logo no primeiro mês”, afirma.
Animada com os resultados, a AM Ferramentas se prepara para abrir operação comercial no México. No último mês, ela já fez um teste de vendas no novo mercado e rapidamente esgotou o estoque. “Simplesmente, pegamos a loja Nuvemshop e transportamos para lá”, afirma Montibeler. E a mesma empresa que faz tráfego pago no Brasil fará tráfego pago no novo país. “Seria muito mais difícil se tivéssemos de começar uma plataforma do zero.”
20/12/2024
Vagas no setor de logística crescem 94,7% de janeiro a outubro, segundo BNE
O setor de logística tem registrado um ritmo acelerado de contratações no Brasil. Entre janeiro e outubro de 2024, o número de vagas abertas cresceu 94,7% em relação ao mesmo período de (...)