A região Sudeste tem valor estratégico para o desenvolvimento econômico e para o adequado abastecimento do Brasil. Grandes indústrias, portos, condomínios logísticos e corredores de escoamento de cargas estão instalados nessa próspera região. São vários os ativos de infraestrutura localizados nos quatro estados do Sudeste sendo trabalhados dentro da agenda do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) para 2021, entre eles os processos de desestatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), do Porto de Santos e do Porto de São Sebastião, além da concessão de importantes rodovias, como a movimentadíssima e essencial Nova Dutra.
Diante desse cenário desafiador, o Brasil Export realizou o lançamento online do fórum regional Sudeste Export 2021 nesta segunda-feira, 15 de março, e ressaltou o objetivo de atuar como organismo facilitador de debates, troca de conhecimentos e multiplicador de relacionamentos.
O CEO do Brasil Export, Fabricio Julião, celebrou a construção de uma agenda permanente para todo o ano de 2021, com a participação de aproximadamente 250 conselheiros nos níveis regional, nacional e internacional. Na agenda constam reuniões de trabalho, webinários, fóruns presenciais e missões internacionais a Portugal, Singapura e Emirados Árabes Unidos, contando com o apoio institucional do Ministério da Infraestrutura e a colaboração de órgãos de governo como a Antaq e a Apex-Brasil.
O fórum regional Sudeste Export será realizado nos dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro, tendo a companhia docas local como a Autoridade Portuária anfitriã. Julião explicou que o evento aconteceria, inicialmente, no mês de maio, mas a organização optou pela transferência de data por precaução e compromisso com os protocolos de distanciamento exigidos pela pandemia de Covid-19, que hoje causa o momento mais agudo para a população brasileira.
"Até lá faremos os lançamentos exclusivamente online. Mesmo os eventos \[do segundo semestre] serão realizados no modelo híbrido, com autoridades, conselheiros e patrocinadores autorizados a participar presencialmente e a grande massa de público online. Gosto de usar o exemplo do Centro-Oeste Export no ano passado. Nosso DNA é de porto, mas resolvemos olhar para a eficiência do escoamento do nosso agronegócio. Foi um sucesso, tivemos 504 pessoas acompanhando online".
O presidente do Conselho do Sudeste Export e diretor de Gestão Portuária da CDRJ, Mario Povia, relacionou os grandes desafios impostos pela dimensão continental do Brasil no sentido de aperfeiçoar a eficiência do escoamento de cargas e das operações portuárias. O avanço da competitividade brasileira, destacou, depende da união de esforços entre os diferentes agentes que atuam no universo logístico. O Brasil Export e seus fóruns regionais, enfatizou Povia, viabilizam o melhor ambiente possível para debater os desafios do setor de infraestrutura, estão alinhados e são apoiados pelo Governo Federal.
O crescimento de 8,6% na movimentação de cargas nos portos administrados pela CDRJ e um salto de 30% no faturamento da Companhia em 2020 foram comemorados pelo diretor-presidente Francisco Antônio de Magalhães Laranjeira. Os índices, observou, foram alcançados devido à valorização do minério de ferro e dos ajustes realizados no formato dos contratos firmados junto aos operadores portuários, agora com remuneração variável proporcional ao valor FOB das mercadorias movimentadas. "Com apenas um ano o Brasil Export já se posicionou como um fórum fundamental para a troca de ideias e soluções para melhoria contínua do setor. É uma honra sermos os anfitriões do Sudeste Export 2021".
Após um 2020 muito difícil e desafiador, analisou o diretor-presidente da Companhia Docas do Espírito Santo, Julio Castigloni, o setor portuário tem a responsabilidade de continuar avançando e garantir maior competitividade ao Brasil. Ele disse estar "animado" neste ano de 2021, mesmo compreendendo as restrições impostas pela crise sanitária. "Fico animado porque este Fórum tem compromisso com a realidade e com o resultado. É um Fórum muito qualificado, com gente que tem protagonismo no setor logístico". Participar das atividades do Brasil Export, enfatizou, tem sido uma experiência enriquecedora e vem proporcionado muitos conhecimentos que têm sido aplicados na administração da Companhia.
O diretor de Relações Internacionais da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Valter Luís de Souza, falou que a entidade vem trabalhando para ampliar sua atuação para "muito além do transporte rodoviário". O objetivo da direção da CNT, segundo ele, é estar integrada ao setor portuário e aquaviário. "Portanto, o \[convite do Fórum] foi importante, pois faz parte de nossa linha de atuação junto à integração dos modais do transporte. Pessoalmente, recebi o convite para fazer parte do Conselho do Sudeste Export com muita honra, principalmente por causa das pessoas que participam e do comando do Mario Povia, que conhecia quando ele ainda estava na Antaq".
A "equipe de vencedores" formada por lideranças, autoridades e profissionais que atuam nos conselhos do Fórum será o trunfo para o sucesso em 2021, opinou o presidente do Conselho Nacional, José Roberto Campos. Ele frisou a necessidade de o Brasil acertar no desenvolvimento dos modelos de desestatização das autoridades portuárias e na regulação das operações em todos os modais.
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