As empresas de transporte marítimo de contêineres devem permanecer fortes e desfrutar um ciclo prolongado de lucratividade, que se estende pelo menos nos próximos dois anos. A avaliação é da consultoria inglesa Drewry, para a qual é improvável que linhas voltem a sofrer perdas profundas, mesmo em um eventual ciclo de baixa.
No segundo trimestre de 2020, os armadores encontraram uma maneira de manter a lucratividade, apesar da queda na demanda.
Para a Drewry, o congestionamento dos portos e a escassez de contêineres continuarão sendo fatores indesejáveis durante a maior parte de 2021, embora diminuindo com o passar dos meses. O resultado, destaca a consultoria, é a restrição ainda maior na disponibilidade de equipamentos, o que levará a taxas médias substancialmente mais altas de frete à vista e de contrato.
Com taxas de contrato mais altas firmadas, outro ano altamente lucrativo está virtualmente garantido. "Acreditamos que o setor irá bater recordes de lucratividade mais uma vez em 2021, apesar de vários ventos contrários de opex na forma de custos de combustível e taxas de fretamento mais altos. A Cosco Shipping e a Matson já relataram seus números preliminares do primeiro trimestre, que mostram um aumento sem precedentes nos lucros", diz a consultoria em nota.
No segmento de transporte de granéis sólidos, a Drewry relata uma vida de sonho nos últimos seis meses. Os fretes e os valores dos navios melhoraram significativamente quase todas as semanas, em meio a conversas sobre o que talvez seja o início do próximo superciclo.
Embora o ressurgimento de casos da Covid-19 represente uma ameaça para a indústria marítima e a economia em geral, bons resultados são esperados no primeiro trimestre para quase todas as operadoras, incluindo o mercado spot e contratos de longo prazo.
A crescente demanda por infraestrutura e a maior tolerância à inflação podem levar o boom atual até o terceiro trimestre.
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