29/09/2020

Drones podem atingir distância até 15 vezes maior, abrindo novos mercados

 Drones podem atingir distância até 15 vezes maior, abrindo novos mercados


Delivery é uma das atividades em que aplicações mostram-se mais promissoras

O uso do padrão de comunicação 5G em veículos aéreos não tripulados, os drones, trará grandes avanços para esses dispositivos, beneficiando diversas atividades da economia. A expectativa de especialistas é que os avanços técnicos trazidos pela 5G incrementarão processos de comando e controle das aeronaves e impulsionarão os voos que dispensam contato visual do operador com a aeronave.

De acordo com a associação setorial 5G Americas, embora serviços envolvendo drones já se beneficiam de redes 4G, o 5G, por proporcionar comunicações mais confiáveis e mais capacidades de transmissão de vídeo e imagens, possibilitará casos inéditos de uso.

Um dos principais benefícios da tecnologia, segundo ao analistas da 5G Americas, é possibilitar a incorporação dos drones a um sistema centralizado de gerenciamento de tráfego, com a rede identificando aeronaves e suas permissões e verificando o cumprimento de normas de segurança.

No Brasil, o mercado de drones encontra-se em franco crescimento desde 2017, quando foram publicadas as normas para esse tipo de aeronave. Daquele ano até agosto, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) havia cadastrado 77.448 aeronaves, sendo 29.930 para uso profissional.

Uma das autorizações recentes concedidas pela Anac destinou-se ao aplicativo de entrega de alimentos iFood que, junto da Speedbird Aero e AL Drones, recebeu sinal verde para voos experimentais para entrega de pedidos dos clientes. Segundo a agência, o delivery é uma das atividades da economia em que aplicações com drones mostram-se mais promissoras.

No iFood, Roberto Gandolfo, vice-presidente de logística, diz que capacidades inerentes à 5G e às faixas de frequência que o suportam têm potencial de levar o modal drone para um novo patamar. “Suportados por redes 4G, é possível realizarmos voos de até cinco quilômetros, enquanto 5G nos permitiria atingir distância 10 a 15 vezes maior, o que significa poder servir mesmo municípios vizinhos, mantendo conexão permanente e segura com o equipamento.”

Enquanto a 5G não chega, o IFood avança com o planejamento dos voos experimentais, previstos para ter início este ano, em Campinas (SP). O objetivo é melhorar a logística de um negócio que processa 39 milhões de pedidos por mês, em mais de mil cidades. “Se daqui a três ou quatro anos estivermos com drones em duzentas dessas cidades, teremos escala suficiente para justificar a atuação com esse modal.”

Na Indra, fornecedora global de TI, Ricardo Bonora, líder de telecomunicação e midia, diz que advento da 5G permitirá soluções de drones altamente integradas com sistemas corporativos. “Numa solução de delivery, por exemplo, todo o processo pode ser integrado em tempo real ao sistema de backoffice (retaguarda) da empresa, e o 5G vai servir para aumentar muito a eficiência.”

A Indra tem duas plataformas focadas na gestão do tráfego não tripulado e outra, em desenvolvimento, para detecção e neutralização de drones. Uma das novidades da multinacional lá fora é um drone de 1,25 tonelada e 11 metros, com espaço opcional para um piloto. A solução, indicada para missões de vigilância e salvamento, combate a incêndios e controle de patrimônio, entre outras, está em fase final de aprovação na Espanha.

Bruno Akio, diretor de centro de soluções da integradora Sonda, confia que a 5G solucionará problema enfrentado pela maioria das empresas que lidam com drones, e que envolve a transmissão de imagens e dados captadas pelo equipamento para o ponto de armazenamento e análise. “Hoje, o nosso drone coleta a imagem, armazena em seu HD e, ao voltar ao condutor, tudo é transferido para nosso sistema”, diz Akio, explicando que as redes 4G permitem transmissão em tempo real, mas com limitação de banda. “É um problema quando se trabalha com imagem em alta definição. A 5G resolverá isso.”

Fonte: Valor Econômico

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