12/03/2021

"Commodities: Algodão sobe mais de 3% na bolsa de Nova York"

 "Commodities: Algodão sobe mais de 3% na bolsa de Nova York"


Em uma semana marcada por fortes oscilações dos preços do algodão, a pluma encerrou esta quinta-feira com valorização expressiva na bolsa de Nova York. Os lotes com entrega para julho subiram 3,66% (315 pontos), para 89,20 centavos de dólar a libra-peso.

De acordo com Keith Brown, da DTN, o relatório de exportações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado hoje, veio “mais ou menos”, com vendas melhorando, mas embarques reduzidos.

O USDA informou que os EUA embarcaram 46,15 mil toneladas de algodão na semana até o dia 4, volume 25% maior que os da semana anterior e 5% mais alto que a média das quatro semanas anteriores. As vendas acumuladas para 2020/21 chegaram a 95% da previsão do USDA para o ano de comercialização. A média dos últimos cinco anos é de 85%.

“Tem sido uma semana tumultuada até agora para o mercado de algodão”, disse Brown, em relatório diário. O lotes da pluma para maio acumulam alta de 0,59 centavos na semana, recuam 0,48 centavos no mês e já se valorizaram 9,65 centavos neste ano.

O suporte do dólar e o otimismo em relação ao consumo nos países em que a covid-19 começa a dar sinais de recuo sustentaram nesta quinta-feira os preços das demais “soft commodities” negociadas na bolsa de Nova York.

Os contratos futuros de café arábica para maio fecharam o pregão em alta de 1,14% (150 pontos), a US$ 1,3235 por libra-peso na bolsa de Nova York.

A valorização pelo terceiro dia seguido refletiu o otimismo em relação à demanda. “Os preços do café estão recebendo um impulso do otimismo de que nos EUA a demanda de café vai melhorar com o alívio da pandemia, o que permite que mais restaurantes e cafeterias sejam reabertos”, destacou o site Barchart. A média semanal de casos por covid caiu para 56.105 na quarta-feira nos EUA, a menor em quase quatro meses.

A alta do real em relação ao dólar também dá sustentação ao café — a moeda americana caiu 1,93%, a R$ 5,5428. Um real valorizado desestimula as exportações do Brasil, maior produtor e exportador do grão.

Outro fator que ajudou a impulsionar as cotações foi a estimativa do Rabobank de que a safra brasileira de café 2021/22 deverá alcançar 56,2 milhões de sacas, queda de 26,5% em relação ao ciclo 2020/21. Desse total, 36 milhões de sacas deverão ser de café arábica e outras 20,2 milhões de sacas de conilon — o volume para a variedade é recorde.

Conforme relatório assinado pelo analista Guilherme Morya, apesar de as chuvas terem ficado acima da média em fevereiro, no acumulado da safra, elas continuam abaixo da média histórica na maioria das regiões cafeeiras, o que levou o banco holandês a projetar a retração.

Nas negociações do açúcar, os lotes de segunda posição do demerara, para julho, fecharam a 15,89 centavos de dólar a libra-peso hoje, com alta de 36 pontos. O suporte para as cotações da commodity veio da queda do dólar no Brasil, que também desestimula as exportações do país.

No momento, ainda há incerteza no mercado sobre o balanço de oferta do adoçante para a próxima safra. Hoje, a trading Czarnikow, sediada em Londres, estimou que a safra internacional de açúcar 2021/22, que começará em outubro, terá um superávit de 3 milhões de toneladas.

Mas o excedente ainda depende da confirmação de boas temporadas nos maiores produtores globais: Brasil, Índia, Tailândia e União Europeia (UE).

Por enquanto, a trading avalia que há “questões significativas em torno de cada safra”. A Czarnikow avaliou ainda que a incerteza seguirá no radar enquanto a pandemia seguir afetando o sentimento do mercado e a logística global.

No mercado do cacau, os papéis com vencimento em maio subiram 0,78% (US$ 20) e fecharam o pregão cotados a US$ 2.593 a tonelada.

De acordo com relatório da consultoria Zaner Group, ainda há incertezas sobre como a demanda por chocolate irá se comportar nos próximos meses, o que causa certa volatilidade nos preços da amêndoa. Nos EUA, segundo a Zaner, o crescimento do número de vacinados dá esperança de que a demanda por chocolate possa voltar mais cedo aos níveis pré-pandemia.

E, nas negociações do suco de laranja, os contratos futuros de suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) subiram 1,27% (145 pontos), para US$ 1,1515 por libra-peso.

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