Presidente visitou obra na Bahia que terá a participação de militares na construção de 18 quilômetros de trilhos
Rodeados de militares e operários, em um remoto canteiro de obras no oeste da Bahia, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmaram que vão usar a "criatividade" e a atuação do Exército para melhorar a estrutura ferroviária do País.
“Nós temos um grande compromisso com a nação, que é fazer com que as obras aconteçam com menos recursos ou muitas vezes com criatividade”, afirmou Bolsonaro. "A capacidade do Tarcísio de negociar, de convencer, é enorme e essas obras estão aos poucos aparecendo no nosso Brasil”, elogiou o presidente, com discurso de campanha.
Ele vem fazendo uma série de viagens ao Nordeste para capitalizar medidas aprovadas pelo Congresso e obras iniciadas em gestões passadas. Pesquisas apontam que foi o presidente quem mais ganhou com o pagamento do auxílio emergencial dado aos trabalhadores informais que perderam renda por causa da pandemia de covid-19.
Bolsonaro e o ministro participaram, nesta sexta-feira, 11, da assinatura de um termo de parceria entre a Valec (estatal que cuida dos trilhos) e o Exército Brasileiro para a construção de um trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). “Será que dessa vez vai? Vai, porque o governo Bolsonaro é diferente. Vai, porque o governo Bolsonaro promete e entrega. Vai porque há criatividade, porque há vontade”, disse Tarcísio, lançando outro questionamento: “Mas e o recurso?' O recurso a gente vai desenvolver com criatividade”, respondeu a ele mesmo.
O Estadão já noticiou que a iniciativa privada é responsável por três projetos ferroviários, com investimentos previstos de R$ 13 bilhões, que devem dobrar a participação dos trilhos na matriz do transporte de cargas no País.
No entanto, outro movimento da "criatividade" de Tarcísio foi visto com ressalvas pela equipe, porque pode ser interpretada como drible às regras fiscais. Neste mês, o Ministério da Infraestrutura tentou repassar R$ 1,2 bilhão em recursos de um acordo judicial para bancar obras da linha 2 do metrô de Belo Horizonte sem passar pelo Orçamento ou pelo caixa do Tesouro Nacional. O Ministério da Economia foi contra e disse que os recursos precisarão passar pelo Orçamento.
A obra completa da ferrovia, segundo o governo, terá aproximadamente 1.527 quilômetros e ligará o futuro Porto Sul, em Ilhéus (BA), à cidade de Figueirópolis, no Tocantins. O Exército vai atuar na construção de 18 quilômetros do lote 6 da ferrovia, próximo a Correntina (BA). Segundo o governo, essa é a primeira vez, desde 1990, que um batalhão de engenharia assume uma obra de ferrovia. Durante a agenda na Bahia, o presidente e o ministro sobrevoaram o trecho onde o Exército vai atuar.
O governo calcula que, para ficar pronta, a obra dependerá de R$ 8,9 bilhões em recursos. Primeiro a se pronunciar na cerimônia, o presidente da Valec, André Kuhn foi quem cobrou mais verbas para as obras avançarem.
Fonte: O Estado de São Paulo
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