Um novo encontro, realizado na tarde desta quinta-feira, deu andamento à agenda de trabalhos do Grupo ESG da ABOL. Dessa vez, as discussões giraram em torno de certificações, tanto para empresas quanto para armazéns.
Quando se trata de ESG, os debates são conduzidos pelo coordenador do Grupo, Marcos Azevedo, que é Head de Sustentabilidade da associada Bravo Serviços Logísticos. “Estamos dando continuidade à jornada de aprendizado que iniciamos na primeira reunião do ano. Fizemos uma pesquisa junto às empresas para identificar os principais temas de interesse e nos próximos meses seguiremos com o cronograma. Sabemos que a régua está subindo, então é fundamental estarmos atentos e atualizados sobre a era ESG”, destacou.
Os convidados para falar sobre certificações foram a CEO da Abissal e especialista em Sistema B, Camila Abigail, e o fundador e diretor de desenvolvimento da OTEC, consultoria em desempenho técnico e financeiro de empreendimentos imobiliários, David Douek. “O mais relevante não é a certificação em si, mas sim a jornada, o que se aprende, ou seja, a intencionalidade de se adequar a essa nova demanda de mercado. O ato de iniciar e dar um passo para que eu seja 1% melhor a cada dia é um grande ganho para as organizações”, afirmou Camila ao abordar o significado de ESG.
Segundo ela, a sigla está relacionada a métricas ambientais, sociais e de governança incorporadas na estratégia de negócio, mensuradas em todos os níveis da organização e reportadas aos stakeholders visando reduzir os riscos financeiros em curto, médio e longo prazos. “As empresas que conseguem comprovar o seu ESG de forma estratégica detêm a maior oportunidade de mercado de capitais, diminuindo e mitigando os custos inerentes ao seu negócio. O fluxo de dinheiro do mundo está indo para o ESG”, explicou a especialista.
Ao tratar especificamente da certificação B, Camila mencionou que o reconhecimento olha de forma 360 para o negócio, entregando as melhores empresas para o mundo. No Brasil, 340 empresas contam com essa certificação, enquanto outras 9 mil estão tentando ser B e avançar em maturidade ESG. “Sucesso é uma empresa que gera valor para todos os stakeholders”, disse. Vale destacar que as chamadas empresas B possuem sua atuação alinhada com projetos e processos cujo objetivo é promover um impacto social e ambiental positivo, além de obter lucro.
De acordo com Camila, uma empresa B certificada é composta por um propósito de impacto positivo, responsabilidade vinculada e compromisso com a transparência. Já as vantagens em se tornar uma empresa B são melhoria na gestão, fortalecimento da governança, formar parte de uma rede de líderes na nova economia, atração de talento, posicionamento para a cadeia de valor e performance sustentável.
Após a palestra de Camila, David Douek, da OTEC, apresentou certificações voltadas aos armazéns, sendo importantes por atestarem que o projeto e a obra foram concebidos de forma a permitir uma operação sustentável e eficiente. Ele destacou a certificação Leadership in Energy and Environmental Design (Leed), cujo sistema de avaliação promove uma abordagem ao edifício por inteiro, desde a concepção do projeto até a construção final e a manutenção do mesmo.
“Considerando a diversidade de perfis das empresas que fazem parte da ABOl, vale a gente lembrar que apesar de atuarem em mercados diferentes, zonas geográficas diferentes e terem particularidades de operações, todos ocupam algum espaço físico. As ferramentas de valor auxiliam na melhoria do desempenho e na comunicação com todos os envolvidos na operação, os colaboradores, clientes, fornecedores”.