Montadora pretende reduzir em 35% o quadro de funcionários em todas as fábricas no país
O presidente da Volkswagen América Latina, Pablo Di Si, disse hoje que a montadora espera concluir as negociações com os sindicatos de metalúrgicos nas próximas semanas. Segundo o executivo, a montadora pretende reduzir em 35% o quadro de funcionários em todas as fábricas no país. “Ainda não chegamos a nenhum acordo, temos reuniões periódicas com todos os sindicatos para adequarmos a capacidade produtiva à demanda. Agora é inevitável e estamos com uma certa urgência para chegarmos a uma solução”, disse o executivo.
Di Si ressaltou que hoje as montadoras brasileiras operam usando apenas 43% da capacidade instalada no país, que é de 4,1 milhões de unidades. A estimativa da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) é uma produção de 1,8 milhão de veículos este ano.
“Vamos dialogar. Será fácil? Claro que não. Mas, teremos uma conversa madura, profissional e transparente. Será uma negociação dura, mas precisamos defender os interesses da empresa.”
Hoje, a Volks emprega 15 mil pessoas em quatro fábricas no país, em São Bernardo do Campo (SP), Taubaté (SP), São José dos Pinhais (PR) e São Carlos (SP).
O executivo não descartou a abertura de um programa de demissão voluntária (PDV), mas ressaltou que todas as medidas de flexibilização da produção serão usadas.
“Aplicamos todas as metodologias de flexibilização até agora, férias coletivas, redução de jornada, lay off e o PDV também será utilizado. Entretanto, precisamos olhar todas as ferramentas e não vamos demitir ninguém de um dia para outro. Mas temos que ter senso de urgência, é inevitável na indústria.”
Quanto a Argentina, o executivo disse que o país também necessitará de ajustes na produção, mas isso será realizado posteriormente. Segundo ele, a montadora está passando por um momento diferente no mercado argentino. “Essas medidas são para a região. Mas, na Argentina estamos lançando um novo SUV. Estamos em momentos diferentes como empresa. Na hora certa vamos conversar com os sindicatos.”
Fonte: Valor Econômico
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