13/10/2020

"Alemoa: um risco ao Porto de Santos"

 "Alemoa: um risco ao Porto de Santos"


Debate discute acidentes e como preveni-los em ambientes próximos ao Porto de Santos, no litoral paulista.

Portogente, nesta terça-feira (13/10), realiza mais uma webinar que traz assuntos que interessam à sociedade. Desta vez o tema é “Condomínio Alemoa: um risco ao Porto de Santos” e vamos debates com especialistas, como os engenheiros Aluísio Moreira e Élio Lopes; a professora da Unifesp Fátima Queiroz; o secretário de Meio Ambiente do Município de Santos, Marcio Gonçalves Paulo; e a coordenação do debate será do também engenheiro Carlos Magano.

Entender os acidentes apenas como uma fatalidade não ajuda a evitá-los. Isso é fato. Mais do que colocar a culpa no imponderável ou dizer que acidentes acontecem, a sociedade precisa, merece e exige responsabilidade dos entes públicos e privados que exploram a atividade econômica que tem interface com o Porto.

As tragédias, infelizmente, sempre são anunciadas, mas os ouvidos dos responsáveis se fazem de moucos, os olhos se fecham e os braços se cruzam.

Há 35 anos, em 24 de fevereiro de 1984, um incêndio atingiu a Vila Socó, em Cubatão. A tragédia foi causada por causa do vazamento de combustíveis de oleodutos que ligavam a Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC) ao terminal portuário da Alemoa. O que pouco se fala é que a Petrobras herdou os dutos que pertenciam à antiga RFF e que estavam em péssimas condições e necessitavam de manutenção.

Uma tragédia só ocorre quando se juntam algumas variáveis. Como agravante, nesse fatídico dia, quando a refinaria de Capuava bombeava gasolina para a Alemoa, houve um erro de comunicação e a operação fez o alinhamento errado. Quando a gasolina chegou a Alemoa, encontrou a válvula de entrada do tanque fechada, retornando até o alto da Serra. A coluna de 700 metros de altura, aliada ao bombeamento, fez com que essa pressão se elevasse, rompendo no ponto mais frágil, onde existiam corrosões acentuadas, levando ao rompimento do duto exatamente na Vila onde moravam mais de seis mil pessoas.

Mais recentemente, em 2015, tivemos outro acidente de grandes proporções com o incêndio que atingiu tanques do terminal da Ultrcargo, também no Porto de Santos. Para se ter ideia da dimensão dos estragos, o Ministério Público multou a companhia em R$ 3,6 bilhões por conta dos prejuízos que devem ser insuficientes para ressarcir a totalidade de danos econômicos à comunidade de pescadores do entorno do terminal. A Promotoria alega que por causa de uma bomba que foi ligada às válvulas que estavam fechadas, por conta da pressão causada os tanques explodiram. Por efeito, o calor e o líquido que vazaram acenderam o inferno em que se tornou a entrada da cidade de Santos.

O que esses e outros acidentes têm em comum? Eles resultam de falhas que poderiam ser evitadas por controles rígidos e responsáveis. Segurança máxima, regular e responsável não pode ser vista como gasto por nenhuma empresa, mas como investimento!

Vamos debater a vida de todos nós nesta terça-feira, a partir das 18h.

Fonte: Portogente

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