20/10/2020

ABOL marca presença no primeiro dia do Sudeste Export

 ABOL marca presença no primeiro dia do Sudeste Export


Evento discute uso de veículos autônomos na logística

Enquanto a sociedade, em todo o planeta, comenta e aguarda pela chegada de carros autônomos, ou seja, sem motoristas, às estradas e centros urbanos, veículos semi e totalmente autônomos já são amplamente utilizados em ambientes industriais como fábricas, unidades logísticas e terminais portuários há anos, totalmente integrados às operações de dia a dia. Um caso famoso há mais de uma década é o do Euromax Terminal, em Roterdã, na Holanda, apelidado de terminal-fantasma pelo uso de veículos sem motorista. O tema foi amplamente abordado por Lucas Assis, Chief Technology Officer (CTO) da Synkar Autonomous e Doutorando em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Goiás, que palestrou na manhã tecnológica do Sudeste Export – Fórum Regional de Logística e Infraestrutura Portuária, cujo início aconteceu nesta segunda-feira, 19 de outubro, em São Paulo com transmissão ao vivo pela plataforma Zoom.

Ele detalhou as cinco principais tendências de utilização massiva de veículos autônomos em unidades logísticas e fabris para os “próximos dois ou três anos”: aplicação de variados perfis de robôs em armazéns, uso de paletizadores robôs viabilizando melhor e mais lógica organização de operações, veículos aplicados na seleção, na classificação e em procedimentos autônomos de embalagem, entregas feitas por veículos autônomos na “primeira milha” do trajeto previsto (como dentro de shoppings e na aproximação do destino final da mercadoria) e a substituição total dos veículos automaticamente guiados (AGVs) por autônomos.

Assis disse que o desenvolvimento desse modelo de veículo é irreversível e proporciona maior rapidez e precisão se comparado ao uso de equipamentos conduzidos por humanos, com operações mais previsíveis e confiáveis.
“Alguns dos maiores operadores logísticos dos Estados Unidos manifestaram intenção de automatizar quase todas as operações físicas em suas instalações até o fim de 2021”, observou.

Portos autônomos

O Advanced, Efficient and Green Intermodal Systems (AEGIS), movimento que visa a criação de rotas marítimas comerciais conectando embarcações autônomas com serviços portuários automatizados, teve início oficialmente no mês de junho deste ano. O projeto é financiado pela União Europeia e busca tornar o transporte marítimo muito mais flexível e orientado para os usuários dos portos, também com o objetivo de reduzir o impacto social e ambiental dos transportes em todo o Velho Continente. Outros benefícios do incentivo às embarcações autônomas, indicou o palestrante, são economia de combustível, redução de emissões de poluentes e minimização de erros humanos.

Assis enfatizou também a formação de uma nova rede para encorajar o desenvolvimento de navios autônomos com larga aplicação de inteligência artificial por países que priorizam o desenvolvimento de novas tecnologias e o aprimoramento das operações logísticas – China, Dinamarca, Finlândia, Japão, Holanda, Noruega, Coreia do Sul e Singapura. Para que o movimento tenha êxito, explicou o CTO da Synkar Autonomous, portos e terminais devem estar equipados com estrutura que reúna terminologia, forma e padrões comuns para operações contínuas.

Ainda no transporte marítimo, um rebocador de 27 metros de comprimento equipado com recursos de navegação autônoma vem sendo testado no Porto de Singapura, auxiliando operações de navios dentro do centro de transbordo mais movimentado do mundo. “Adotar operações autônomas é uma forma de toda a cadeia logística contribuir com as preocupações ambientais e promover o uso de energia renovável”, acrescentou Assis.

Como funciona

O veículo desenvolvido pela Synkar Autonomous mais conhecido do público em geral é o robô autônomo de entregas Ada, concebido em parceria com a grande rede iFood. De modo geral, os veículos são equipados com diferentes sensores para captação de informações que possam auxiliar a mapear e entender a cena em seu entorno e contribua para a tomada de decisões.

“A quantidade de dados que geramos via Internet cresce de forma massiva e as técnicas de inteligência artificial se alimentam desses dados para o aperfeiçoamento dos veículos”, disse Assis, lembrando que um aparelho smartphone moderno tem processamento cem mil vezes mais potente do que o computador de bordo usado na missão espacial Apolo 11.

Sudeste Hack Export

A palestra de Lucas Assis fez parte da programação do Sudeste Hack Export, iniciativa capitaneada pela Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra), com organização da Zero Treze Innovation Space. A edição regional teve recorde de equipes inscritas e tratou de um tema bastante delicado, que é o acesso ferroviário ao Porto de Santos, o mais movimentado do País. O presidente do Conselho do Brasil Hack Export, Angelino Caputo, anunciou que a equipe vencedora do ideathon foi a “PROJECT GBM”, formada por Guilherme Bitencourt Macario, Raphael Fernandes de Albuquerque e Diego Rezende Brazão.

O projeto campeão atendeu ao desafio apresentado pelas empresas Rumo Logística, VLI e MRS, foi contemplado com um prêmio simbólico de R$ 1.500,00 e está automaticamente classificado para a edição nacional da maratona de tecnologia, assim como as equipes que conquistaram o segundo e o terceiro lugar na competição.

Fonte: Fórum Brasil Export

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