27/10/2020

Startup Kestraa quer levar o comércio exterior para o futuro

 Startup Kestraa quer levar o comércio exterior para o futuro


Companhia é liderada por Isabel Nasser, raro exemplo de fundadora mulher entre as startups brasileiras – segundo dados da ABStartups, elas são apenas 15% dos criadores de empresas inovadoras

Quando começou a trabalhar com comércio exterior, no início dos anos 2000, Isabel Nasser teve de aprender a se desenvolver numa área, como ela mesma diz, “pouco habitada por mulheres”. “Hoje isso mudou, mas caminhões, navios, eram coisas todas do universo tido como masculino”, diz. Ao decidir dar uma guinada na carreira, ela acabou indo parar em outro setor majoritariamente masculino: as startups – segundo dados da Associação Brasileira de Startups, elas são apenas 15% dos fundadores de empresas de tecnologia do País.

Desde 2016, Isabel é a presidente executiva da Kestraa, empresa que tenta resolver com tecnologia os problemas do comércio exterior. “Fazer ‘comex’ (abreviatura de comércio exterior) hoje é como ir no banco nos anos 1980: um processo cheio de filas, esperas, planilhas e comunicações analógicas”, explica a executiva, que tem 38 anos. “E não tem porque ser tão sofrido: a gente montou uma startup para trazer o setor para 2030.” Para isso, a empresa aposta numa plataforma que centraliza informações em torno de uma carga, integrando dados de armadores, seguradora, transportadoras, Receita Federal e outras partes necessárias para levar mercadorias de um país a outro. “Com um sistema só, você consegue saber se o navio não saiu da China ou se está faltando algum documento para a fiscalização liberar a mercadoria.”

A plataforma da empresa também tem recursos para mostrar se um frete contratado de um local a outro está barato ou caro no mercado internacional – e, com ajuda de big data e aprendizado de máquina, predizer se a tendência é de alta ou baixa nos próximos meses, ajudando os clientes a economizar. Hoje, a Kestraa tem cerca de 40 clientes, incluindo nomes como Ambev, LeroyMerlin e Evino. Para faturar, a empresa cobra uma assinatura, que começa em R$ 1,5 mil e aumenta conforme a quantidade de cargas passarem pela plataforma.

Para os próximos meses, a empresa pretende aprofundar suas tecnologias, usando predição para entender, por exemplo, se uma carga tem mais risco de ser retida pela Receita Federal para averiguações. Outra tecnologia na mira da Kestraa – cujo nome vem de orquestra, por organizar tudo em uma sinfonia – é o blockchain, que permitirá aumentar a confiança dentro das cadeias de suprimentos. Recursos para essa expansão a empresa já tem: em agosto, levantou um aporte de R$ 15 milhões com o fundo Canary e investidores-anjo.

Agora, falta a mão de obra: há dois meses, a empresa tinha 30 pessoas. Agora, tem 55 e a ideia é bater 70 funcionários até o final do ano. “Estamos no segundo estirão de crescimento, vivendo as dores disso. Até hoje, quem vendeu a Kestraa fui eu, agora é hora de profissionalizar o time de vendas”, diz Isabel, entre uma e outra entrevista de seleção, reconhecendo que a escolha das pessoas é um passo importante para o futuro da empresa. “Eu não gosto de ficar presa no discurso, mas já ouvi de muitas meninas que eu entrevisto que é legal estar numa startup comandada por uma mulher. Acho bacana também.”

Fonte: O Estado de São Paulo/Link

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