A movimentação portuária nacional totalizou 1,151 bilhão de toneladas em 2020, considerando os dados de portos organizados e de terminais privados (autorizados e arrendados) consolidados pela gerência de estatística e avaliação de desempenho da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O volume representa crescimento de 4,2% sobre 2019. Os terminais de uso privado (TUPs) movimentaram 760 milhões de toneladas, enquanto os portos organizados operaram 391 milhões de toneladas. De 2010 a 2020, a movimentação por meio de TUPs cresceu 40%, ao passo que os portos organizados expandiram sua movimentação em 31,7%.
Entre os destaques do estatístico 2020 da Antaq estão os granéis líquidos, com crescimento de 14,8%, totalizando 289,5 milhões de toneladas movimentadas. De acordo com o relatório, os granéis sólidos somaram 688,9 milhões de toneladas movimentadas em 2020, alta de 1,2%. Já a movimentação de contêineres registrou 118,2 milhões de toneladas (+ 1,1%). A carga geral solta ficou estável, com movimentação de 54,2 milhões de toneladas em 2020, decréscimo de 0,3% em relação ao ano anterior.
O diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery, destacou que os números de 2020 apresentaram recuperação e superaram a queda registrada entre 2018 e 2019. Em comparação com 2018, as operações portuárias realizadas em 2020 representam mais de 3% de alta. Em 2020, granéis sólidos responderam por 60% da movimentação geral de cargas, com destaque para o minério de ferro. Já os granéis líquidos representaram 25% e foram considerados os grandes responsáveis pelo aumento da movimentação.
“Granéis sólidos tiveram um pequeno aumento, mas granéis líquidos foram o principal perfil de carga responsável pelo aumento da movimentação, principalmente em função da maior movimentação na cabotagem (movimentação com origem na plataforma e destino terminais portuários) e exportações com aumento significativo, além da maior produção de petróleo, principalmente pré-sal", analisou. Nery também considerou positivo que o setor de contêiner tenha alcançado um ligeiro crescimento em meio à pandemia. “Foi um resultado expressivo porque, certamente, \[contêineres] é o setor mais afetado pela pandemia. Se esperava resultado negativo, seria normal. No entanto, teve um ligeiro crescimento. É para ser celebrado”, salientou.
Entre os portos organizados, Santos foi o que mais movimentou cargas no ano passado (114,4 milhões de toneladas), seguido pelo Porto de Paranaguá (PR), com 52,1 milhões de toneladas. Na terceira posição, ficou Itaguaí (RJ), com 45,7 milhões de toneladas. Considerando também os terminais autorizados, o complexo portuário de Santos movimentou um total de 141,7 milhões de toneladas, com crescimento equivalente a 9,4%.
O terminal marítimo da Ponta da Madeira (MA) foi a instalação com maior movimentação dentre os TUPs, operando 191 milhões de toneladas de minério de ferro, o que representa 16,6% de toda carga movimentada no Brasil. Na sequência, o destaque foi o terminal aquaviário de Angra dos Reis (RJ), com 60 milhões de toneladas em óleos brutos de petróleo. Na terceira posição, o terminal de Tubarão (SC), que movimentou 56 milhões de toneladas, divididos em: minério de ferro (87%), soja (7,4%) e milho (2,1%).
20/12/2024
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