A Sequoia Logística anunciou dois marcos importantes em seu processo de reestruturação, sinalizando uma reviravolta financeira. A empresa formalizou um acordo com seus bancos credores, resultando em uma redução impressionante de 85% em sua dívida líquida. De um montante inicial de cerca de R$ 700 milhões em débitos no início de outubro, o valor foi drasticamente reduzido para R$ 100 milhões, com um prazo de pagamento estendido para sete anos, incluindo uma carência de cinco anos. Adicionalmente, uma parcela da dívida foi convertida em ações da empresa.
Além desse passo crucial, a Sequoia Logística procedeu à eleição de um novo Conselho de Administração. Composto por Armando Marchesan Neto, Marcelo Sanchez Martins, Eric Macchione Monteiro da Fonseca, Sérgio Saraiva Castelo Branco de Pontes e Marcelo Adilson Tavarone Torresi, o Conselho será presidido por Eric Fonseca, representante da Newfoundland, um dos principais investidores da Sequoia.
"A conclusão da negociação da dívida coloca a Sequoia em uma nova fase. A companhia renasce mais leve, desalavancada, mas tendo preservado seus principais ativos: know-how,
capacidade operacional, pessoas chave e clientes. Não há professor melhor que a dor de uma crise profunda para ensinar e fortalecer", destacou Eric Fonseca.
Esse acordo com os bancos se concretiza pouco mais de dois meses após um compromisso inicial em outubro, que envolveu 90% dos debenturistas. Na ocasião, foram injetados R$ 100 milhões no caixa da companhia, resultando em uma redução adicional de R$ 300 milhões na dívida, por meio da conversão de debêntures em ações e do alongamento do prazo das debêntures remanescentes em seis anos, com uma taxa reduzida denominada "CDI Careca" (taxa do CDI sem nenhum adicional).
Sequoia Logística fecha acordo para incorporar a Move3
Nesta terça-feira (2), a empresa ainda anunciou a incorporação da Move3, empresa de encomendas expressas com atuação no setor bancário. A incorporação se dará por meio de troca de ações. Com isso, a família Juliani, controladora do Move3, será a maior acionista individual da nova empresa. Nenhum acionista deterá sozinho o controle da companhia.
Fonte: Tecnologística