A vitória da Santos Brasil (STBP3) para explorar temporariamente uma nova área de Saboó, no Porto de Santos, foi interpretada como um movimento estratégico pelos analistas do BTG Pactual (BPAC11), pois o cais é peça-chave para a capacidade de contêineres em Santos no longo prazo.
A Santos Brasil venceu o edital para exploração de 64 mil m² no cais do Saboó pelo período de 180 dias. A companhia movimentará contêineres vazios, além de cargas geral e de projeto.
Essa é a segunda concessão temporária que a Santos Brasil recebe em Saboó. Em 2019, a empresa venceu a licitação da Área 2, de 42 mil m², que já foi renovada uma vez.
“Essa última licitação mostra que a Santos Brasil continua focada em aumentar a capacidade em Santos, o que já está acontecendo com o andamento da expansão de Tecon Santos”, afirmaram Lucas Marquiori e Fernanda Recchia, autores do relatório divulgado pelo BTG na segunda-feira.
O banco destacou que a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), órgão regulador do setor, tem a intenção de combinar as áreas de todos os operadores pequenos e independentes em Saboó para leiloá-las como um grande terminal.
“As operações temporárias darão à companhia uma leitura importante do terminal, que deve ser leiloado no futuro”, acrescentaram os analistas.
O BTG indicou a compra da ação da Santos Brasil, com preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 6. A vitória na licitação reforça a visão já bastante otimista do banco sobre o nome, considerando, dentre diversos fatores, a recuperação das operações e os recursos levantados na oferta de ações realizada no segundo semestre do ano passado.
A perspectiva da Ágora Investimentos sobre a licitação é de que a Santos Brasil está adquirindo experiência para movimentar outras cargas como parte do seu plano de usar o dinheiro da oferta para licitar outras concessões. A corretora reiterou a compra do papel, com preço-alvo para 2021 de R$ 10.
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