Além dos desafios econômicos e geopolíticos, que impactam o comércio exterior globalmente, o profissional da área precisa olhar com atenção para o ESG (sigla em inglês para governança ambiental, social e corporativa). Quem afirma é Eric Brenner, CEO da DHL Global Forwarding (DGF) no Brasil.
“A mudança de mentalidade do mercado e da indústria em geral para o tema da sustentabilidade é um grande desafio”, diz. “Por exemplo, a redução das emissões de carbono por meio de um transporte sustentável utilizando biocombustível, que é um combustível mais caro. A operação terá um custo maior, porém, poluindo menos.”
Para Brenner, o sucesso de uma execução na área de logística, por exemplo, passa por ter um network global, agilidade, excelência no serviço, visibilidade e transparência. “O profissional precisa ter o chamado perfil ‘speed to action’, que é tomar a ação e solucioná-la com rapidez”, afirma.
Adicionalmente, continua o CEO, o profissional deve ter uma visão tecnológica e estar preparado para enfrentar os desafios de digitalização, melhor uso de dados, inteligência artificial, etc. “O mundo logístico e as demandas estão mudando”, comenta.
“Na nossa área, um operador logístico hoje vai se transformar, futuramente, em um consultor para soluções logísticas.”
Há 16 anos na área, Karina Dalmás, gerente de comércio exterior da Dana no Brasil, empresa de peças para veículos com sede nos EUA e 42 mil funcionários em 31 países, afirma que o “mundo mais conectado torna as ameaças também maiores para os mecanismos de controle aduaneiro”, comenta.
“A demanda por resultados exige que as operações sejam ágeis e eficientes, sem abrir mão da gestão de riscos, segurança logística e da conformidade aduaneira”, afirma. “Com toda essa complexidade, as operações começaram a se tornar seguras e eficazes quando auxiliadas por um profissional especializado”, afirma.
Daniela Zicari di Monte, diretora da DP World Logistics Unit, em Santos (SP), comenta que ser mais eficiente, flexível e ágil é mandatório em um contexto de maior volatilidade, pedidos com tempo de trânsito menor, aumento do portfólio e concorrência, criação de novos canais de atendimento, inúmeras plataformas de serviços e menor tolerância a falhas. “No Brasil, o contexto é ainda mais complexo considerando os importantes gargalos de infraestrutura e o complexo.
Fonte: Valor Econômico