Embora investimentos já estejam sendo feitos, alguns dos principais portos do país ainda aguardam obras de conexão entre a rodovia e a entrada portuária.
Ainda muito dependentes das rodovias, uma das principais demandas dos portos brasileiros são os acessos rodoviários, principalmente os trechos de conexão entre as vias e a entrada portuária. A intervenção nesses trechos é importante não apenas para um melhor trânsito da carga até o porto, mas também para estabelecer uma boa relação com a cidade do entorno. E embora muitos investimentos já estejam sendo feitos para facilitar o fluxo da mercadoria, alguns dos principais portos do país ainda aguardam obras importantes.
O Porto de Itajaí (SC) espera para os próximos meses a finalização de um trecho da via expressa portuária. A via começou a ser construída em 2005, por meio do convênio do governo federal, com a contrapartida do porto e da própria municipalidade. Assim, o porto aplicou recursos para implantação do trecho. Nesta fase foram construídas 3,4 quilômetros de estrada. Recentemente a obrigação pela via passou para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que fez a aquisição de área para a conexão e deve finalizar a obra em 2021.
No entanto, os demais trechos da via expressa, apesar de já ter projeto definido no DNIT, com estudo de viabilidade técnica e ambiental, não há recurso do governo federal para dar início à obra, ou seja, ainda não foi licitada. De acordo com a Autoridade Portuária, existe também um estudo realizando entre o DNIT e a Secretaria de Urbanismo do município sobre a proposta de um aditivo de prazo de exploração da empresa Arteris, que envolve tanto o viaduto de transposição da BR-101 e a conclusão da via expressa portuária como um todo.
Grande parte dos perfis de cargas é produzida no oeste catarinense. As cargas frigorificadas são o carro-chefe do porto e utilizam da BR-470, que desemboca na BR-101, para chegar até o porto. Existe uma demanda da Autoridade Portuária e defendida também pela bancada de deputados estaduais e federais, da duplicação da BR-470. “Para nós é fundamental que a gente consiga interligar oeste do estado ao litoral para que o escoamento ideal de todas as cargas, ganhando assim valor agregado”, afirmou o porto.
Existe demanda também de cargas do sul do estado, de carga metal-mecânico da região de Joinville. Além de madeira, papel e celulose do oeste de Santa Catarina que também utilizam a BR-470.
Nos Portos do Paraná 75% da matriz logística é rodoviária. Mas de acordo com o diretor-presidente da empresa, Luiz Fernando Garcia, para melhorar o fluxo e até mesmo reduzir conflitos com a comunidade do entorno, está no planejamento oferecer mais espaço para o modal ferroviário. “Não quer dizer diminuir o trabalho do caminhoneiro, mas sim agregarmos mais carga ao modal ferroviário”, frisou.
Garcia destacou ainda a importância de que a carga chegue com qualidade até o porto, o que inclui a necessidade de boas rodovias. Para tanto, ele afirmou que o governo do estado está fazendo a relicitação das rodovias concessionadas. Desse modo, em 2021 mais de quatro mil quilômetros serão concessionados com uma expectativa de diminuição do preço do pedágio. “Isso também vai contribuir muito para que a gente ganhe em competitividade e tenha uma cadência melhor dessas cargas que transitam no modal rodoviário”, disse.
Atualmente está sendo licitado um projeto de restauração e ampliação da capacidade do trecho urbano com 8,1 quilômetros de extensão, entre a continuação da BR-277 e o Porto de Paranaguá. O investimento será na ordem de R$ 1,9 milhão. Há um ano foi concluída a construção do viaduto na BR-277, no trecho em que a rodovia se divide entre as avenidas Bento Munhoz da Rocha e Ayrton Senna.
Já no Porto de Santos as suas duas margens são servidas por rodovias duplicadas, dispositivos de acesso por viadutos e avenidas perimetrais. No último mês, a Santos Port Authority (SPA) contratou uma empresa para elaboração do projeto básico das obras do novo acesso rodoviário ao Porto de Santos, que ligará a Via Anchieta à avenida perimetral e faz parte do conjunto da nova entrada da cidade de Santos. Este segundo acesso será uma alternativa para a margem direita.
Para a margem esquerda, no ano passado a SPA concluiu os serviços de repavimentação da estrada que faz a conexão da rodovia Cônego Domênico Rangoni, na altura do km 251, ligação ao sistema Anchieta-Imigrantes, à Ilha Barnabé, acesso às instalações dos terminais de granéis líquidos e ao terminal da DP World.
Uma das formas de facilitar o acesso rodoviário ao porto feita pela SPA foi o agendamento da chegada dos caminhões permitindo melhor planejamento da logística. Além disso, os terminais passam a trabalhar com capacidade adequada de recebimento, de forma que o complexo portuário opere sem registro de dificuldade de acesso.
Fonte: Portos e Navios
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