16/10/2024

Pesquisa destaca Brasil na liderança do mercado logístico da América Latina

 Pesquisa destaca Brasil na liderança do mercado logístico da América Latina



O mercado logístico da América Latina é bastante robusto e tem atraído investimentos de grandes empresas de todo o mundo. Nos próximos três anos, espera-se que o setor de logística movimente mais de US$ 784 bilhões — aproximadamente R$ 4,4 bilhões, em conversão direta. A projeção é da Allied Market Research.  


Dentro desse contexto, só a DHL Supply Chain anunciou, no meio do ano passado, por exemplo, que até 2028, investirá € 500 milhões — cerca de R$ 2,6 bilhões, em conversão direta — na região da América Latina. 


Brasil e México serão prioridades da companhia na região e esse fato não é por acaso: já há alguns anos, mercado de Supply Chain e logística na América Latina é liderado pelos dois países. No Brasil, maior economia da região, que vive uma tendência de alta em mercados como o e-commerce e possui um ecossistema integrado e consolidado de embarcadores, a cadeia de Supply Chain segue se modernizando apesar dos desafios estruturais do país.


Já o México se destaca, dentre outros pontos, por sua base diversificada de provedores de serviços logísticos (LSPs).


Alguns desses insights podem ser observados em estudo recente divulgado por Leo Laranjeira, pesquisador e sócio executivo da ILOS, que teve como metodologia uma análise de dados, a partir da plataforma LinkedIn Sales Navigator, sobre executivos seniors nos setores de manufatura, varejo e logística. O estudo focou em empresas com mais de 1 mil funcionários, o que oferece uma perspectiva sobre as grandes corporações e seus impactos no mercado regional de logística. 


BRASIL E MÉXICO NO TOPO


A pesquisa da ILOS referenda a perspectiva do Brasil e do México como líderes que se encontram no topo da cadeia logística latino-americana, com uma estimativa relativa de mercado significativamente maior em comparação com os demais países da região. 


Segundo Laranjeira, o país ganha destaque graças ao tamanho de sua economia e à força dos embarcadores, sendo um mercado de grande relevância para a logística. Já o México apresenta um cenário diferente, com uma grande e vasta base de LSPs que oferecem suporte a indústrias manufatureiras e de varejo.


Dito isso, é possível inferir que a combinação de um sistema logístico avançado e uma base crescente de LSPs tornam, nesse sentido, o México um competidor importante para a logística inclusive nos âmbitos da exportação e distribuição internacional; ao passo que o Brasil tende a seguir com protagonismo no mercado global, mas precisa enfrentar desafios relacionados especialmente a sua infraestrutura.


OS DESAFIOS DA ARGENTINA


O estudo também reforça que a Argentina ocupa a terceira posição no ecossistema logístico da região, mas com um mercado significativamente menor, representando menos de 30% do tamanho das duas principais economias da região. 


Tal cenário pode se relacionar com questões estruturais e políticas do país, que passa por um período intensivo de reformas e de debates sobre novos rumos para a sua economia. Isso pode se refletir no tamanho comparativamente mais enxuto do mercado de logística e Supply Chain; no entanto, a Argentina continua sendo um mercado estratégico para a região.


CHILE, COLÔMBIA E PERU COM POTENCIAL DE EXPANSÃO


Chile, Colômbia e Peru seguem na lista de mercados promissores no setor de logística da América Latina. Leo Laranjeira destacou que, apesar de menores, a força dos provedores de serviços logísticos nesses países é expressiva. Esse contexto, por sua vez, pode ser decisivo para um avanço do trio nas cadeias de suprimentos globais.   


PANAMÁ: TAMANHO NÃO É DOCUMENTO


Finalmente, Laranjeira frisou que o Panamá, apesar de seu tamanho, tem uma posição estratégica única que atrai a atenção de executivos globais de Supply Chain. Sua localização, somada a uma base forte de embarcadores, faz com que o país seja um ponto crucial nas rotas logísticas internacionais.


Nesse sentido, o Canal do Panamá é um exemplo de como a infraestrutura logística pode ter um impacto direto nas cadeias de suprimento globais, permitindo que o país desempenhe um papel muito significativo na economia globalizada contemporânea.


Fonte: Mundo Logística



Notícias Relacionadas
 Vendas de galpões crescem até outubro, mas juros preocupam

21/11/2024

Vendas de galpões crescem até outubro, mas juros preocupam

As operações de compra e venda de galpões logísticos e industriais somaram R$ 4,64 bilhões de janeiro a outubro, valor 66% superior ao mesmo período de 2023, segundo levantamento feito p (...)

Leia mais
 Rede logística DHL Express inaugura terceira loja em São Caetano

21/11/2024

Rede logística DHL Express inaugura terceira loja em São Caetano

A DHL Express inaugurou nova loja em São Caetano. A unidade, que conta com 100 m² de espaço, na avenida Visconde de Inhaúma, 781, no bairro Oswaldo Cruz, é um ponto de coleta de mercador (...)

Leia mais
 Quanto mais perto, melhor: gigantes do e-commerce dobram aposta logística em SP

19/11/2024

Quanto mais perto, melhor: gigantes do e-commerce dobram aposta logística em SP

A demanda por entregas super-rápidas leva as gigantes do e-commerce a acelerarem a abertura de galpões logísticos próximos à capital paulista. Em um ano, a área locada por Amazon, B2W, M (...)

Leia mais

© 2024 ABOL - Associação Brasileira de Operadores Logísticos. CNPJ 17.298.060/0001-35

Desenvolvido por: KBR TEC

|

Comunicação: Conteúdo Empresarial

Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com os nossos Termos de Uso e Política de Privacidade e, ao continuar navegando neste site, você declara estar ciente dessas condições.