30/11/2020

Paranaguá recebe primeira importação de soja em 10 anos

 Paranaguá recebe primeira importação de soja em 10 anos


Um navio com 30,5 mil toneladas de soja produzida nos Estados Unidos chegou na última sexta-feira (27) à área do porto de Paranaguá (PR), de acordo com sistemas de monitoramento de embarcações, marcando a iminente entrega de uma rara compra feita na América do Norte em meio à oferta reduzida.

Neste ano, o Brasil vendeu grandes volumes de soja para a China, maior importadora global da oleaginosa, o que fez com que sobrasse pouco para o consumo doméstico. A situação resultou em um valor recorde em reais da matéria-prima para a ração, ajudando a impulsionar a inflação dos alimentos no país.

A autoridade portuária disse que o navio Discoverer, que já se encontra ao largo do porto, trará a primeira carga de soja importada via Paranaguá em pelo menos uma década.

A embarcação deve atracar entre 7 e 15 de dezembro e será inspecionada antes de descarregar a um ritmo de 6 mil toneladas por dia.

O Discoverer foi afretado pela Louis Dreyfus, segundo dados de agências marítimas. Sua chegada representa uma mudança de paradigma para o Brasil, o maior produtor e exportador global de soja.

Embora seja uma quantidade pequena para os padrões comerciais globais, as 30,5 mil toneladas são o maior volume de soja dos EUA comprado pelo Brasil desde 1997.

Em 16 de outubro, o Brasil suspendeu temporariamente as tarifas de importação de soja de fornecedores fora do Mercosul.

O país deve importar 1 milhão de toneladas em 2020, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), maior volume ao menos desde 2008.

A maior parte já foi desembarcada no país, uma vez que as importações de janeiro a outubro somaram 625,5 mil toneladas de soja, segundo dados do governo, com países do Mercosul dominando a oferta —o Paraguai forneceu 589 mil toneladas, seguido pelo Uruguai (36,3 mil toneladas).

O volume total importado se compara a apenas 125 mil toneladas no mesmo período do ano passado.

RISCOS

A importação de soja geneticamente modificada dos EUA pelo Brasil pode acarretar riscos regulatórios, considerando que os dois países tratam de forma diferente a aprovação de sementes transgênicas, afirmou à Reuters a Abiove, que defende a sincronização das autorizações entre os dois países para eliminar qualquer incerteza.

Por exemplo, sementes geneticamente modificadas resistentes a herbicidas como o glifosato e a insetos como as lagartas são permitidos no Brasil e nos EUA. Mas os chamados eventos transgênicos são aprovados conjuntamente no Brasil e separadamente nos EUA.

No início de novembro, o Brasil reconheceu a equivalência de eventos transgênicos aprovados nos EUA e no Brasil, visando dar segurança jurídica aos importadores.

Fonte: Folha de SP

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