O Mercado Livre anunciou nesta quinta-feira que vai abrir cinco novos centros de distribuição no Brasil até o fim de 2021, somando 340 mil metros quadrados de área. O valor investido foi mantido em sigilo pela companhia. Leandro Bassoi, vice-presidente de Mercado Envios, braço de logística do grupo, disse que o investimento faz parte dos aportes de
Com os novos centros, o Mercado Livre passará a ter 610 mil metros quadrados de área de armazenagem.
O Mercado Livre terá dois novos centros em Cajamar e um em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. A companhia também terá um centro de distribuição em Governador Celso Ramos (SC) e um em Extrema (MG).
Desses centros, apenas um — em Guarulhos — será usado como entreposto para coleta de encomendas já empacotadas pelos vendedores para entrega aos consumidores (“cross-docking”). Os outros centros serão usados para gestão dos estoques dos vendedores, desde o armazenamento até a entrega ao consumidor (“fulfillment”).
Em Cajamar, a empresa terá um novo de distribuição de 75 mil metros quadrados e outro de 112 mil metros quadrados. O primeiro deles começou a operar nessa segunda-feira, dia 9. A expectativa é que a outra unidade fique pronta até meados de 2021.
Em Governador Celso Ramos (SC), o centro de distribuição terá 32 mil metros quadrados, com capacidade de expansão para até 71 mil metros quadrados. Antes dessa unidade ficar pronta, em meados de 2021, o Mercado Livre vai abrir uma operação temporária em janeiro, na mesma cidade, para atender a demanda da região Sul.
A operação em Extrema terá 75 mil metros quadrados e começará a operar até o meio do ano que vem.
A operação de Guarulhos terá 50 mil metros quadrados, processará centenas de milhares de pacotes todos os dias, e contará com a proximidade do aeroporto para reduzir prazos de entrega.
Bassoi disse que os novo centros logísticos vão ajudar a companhia a expandir as entregas em até dois dias para todo o país. Atualmente, a empresa realiza entrega em até dois dias em 1800 cidades brasileiras, cobrindo cerca de 80% da população. Bassoi disse que 70% das entregas já são feitas até o dia seguinte e 80% das entregas são feitas em até dois dias.
A companhia informou que espera dobrar o número de postos de trabalho direto com os novos centros logísticos, com a contração de 13,5 mil pessoas para as novas unidades.
A empresa já possui atualmente três centros de fulfillment em Cajamar e Louveira (SP), e Lauro de Freitas (BA), 16 centros de cross-docking, dezenas de postos de entrega, quatro aviões, 600 carretas e mais de 10 mil vans que atuam entre os entrepostos, para ajudar nas entregas de encomendas.
A malha logística própria responde por 64% das entregas do Mercado Livre na América Latina e por 68% das entregas no Brasil.
O Mercado Livre contratou cinco empresas para a construção dos cinco novos centros logísticos anunciados hoje, que juntos somam 340 mil metros quadrados de superfície. São a GLP, GTIS Partners, Cassol, Fulwood e Prologis.
Bassoi disse que quatro centros serão construídos no modelo conhecido como “built to suit”, no qual o prédio continua sendo propriedade da construtora, mas é construído de forma adaptada para atender a empresa, que por sua vez se compromete a alugar o prédio por um prazo longo. Os prédios ficarão alugados por um prazo mínimo de dez anos pelo Mercado Livre.
“Apenas a operação em Cajamar de 75 mil metros quadrados não foi feita no modelo ‘built to suit’ e tem contrato de cinco anos”, disse Bassoi. Essa unidade, inaugurada na segunda-feira, foi construída com a GTIS. A outra unidade em Cajamar, de 112 mil metros quadrados, ficou a cargo da GLP, que já construiu outros centros logísticos do Mercado Livre no Brasil.
A unidade de Governador Celso Ramos (SC), de 32 mil metros quadrados, ficou a cargo da Cassol. A unidade de Extrema (MG), de 75 mil metros quadrados, será construída pela Fulwood. E o centro logístico de Guarulhos, de 50 mil metros quadrados, ficou com a Prologis, com quem o Mercado Livre já tem uma operação no México. “Namoramos há algum tempo a parceria com a Prologis no Brasil. Tentamos algumas vezes antes, mas acabou não dando certo”, disse Bassoi.
Além da construção dos novos centros de distribuição, o Mercado Livre também investe na automação de processos. Bassoi disse que entre março e abril de 2021 a companhia vai ter um equipamento novo, capaz de distribuir os pacotes de entregas para mais de 100 portas diferentes, permitindo fazer a distribuição dos produtos para os caminhões e o que vai de avião.
A empresa também investe em esteiras automáticas e começa a olhar investimentos em robotização, segundo Bassoi.
“Queremos primeiro criar tecnologia para fazer consistência a entrega em um ou dois dias em todo o Brasil para depois oferecer a entrega no mesmo dia”, afirmou Bassoi. Na cidade de São Paulo, o Mercado Livre já oferece a opção de entrega no mesmo dia, quando vendedor e comprador estão situados na mesma cidade.
O Mercado Livre também informou que ainda discute o orçamento para o ano que vem, mas garante que os investimentos no Brasil vão superar os R$ 4 bilhões investidos no país neste ano. “Ainda não sabemos dizer quanto, mas o investimento vai ser maior que R$ 4 bilhões”, afirmou Fernando Yunes, vice-presidente sênior do Mercado Livre.
O executivo disse que a companhia tem reforçado investimentos em logística para construir uma estrutura robusta, capaz de atender o crescimento do comércio eletrônico esperado para o país nos próximos anos.
Na América Latina, segundo o executivo, o comércio eletrônico responde por 5% a 7% do varejo total neste ano. No Brasil, no início da pandemia, esse percentual chegou a 15% das vendas do varejo e agora está no patamar de 11%. “Esse é o novo piso do comércio eletrônico brasileiro. Acho que vai ser de 11% para mais”, disse Yunes.
O executivo acrescentou que o fortalecimento da estrutura logística do Mercado Livre tem permitido à companhia aumentar a conversão de visitas em vendas no site e no aplicativo, o que também ajuda a aumentar a penetração do e-commerce. “Por que não espera que o e-commerce caminhe para 20% do varejo no Brasil em alguns anos? Nos Estados Unidos já passa de 20%, na China é de quase 40%”, questionou.
Fonte: Valor Econômico
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