O Magazine Luiza anunciou nesta quarta-feira, 7, que concluiu a aquisição da empresa de busca inteligente e de recomendação de compra para e-commerce SmartHint Tecnologia.
Fundada em 2017, a SmartHint desenvolve tecnologia que eleva a experiência de compra online e auxilia o cliente a encontrar facilmente o que precisa, aumentando de forma significativa a conversão de vendas no e-commerce. Por meio de ferramentas no modelo SaaS (Software as a Service), a SmartHint atende hoje mais de 1.000 clientes e suas ferramentas geraram R$ 620 milhões em vendas em 2020.
"A aquisição representa mais um importante passo na estratégia da Companhia de digitalização do varejo brasileiro. Com a SmartHint, o Magalu irá ampliar ainda mais a assertividade da busca dentro do seu 'superapp' - que já conta com mais de 26 milhões de itens disponíveis. Além disso, a experiência de compra dentro dos mundos e mini mundos - especializados em categorias como moda, esportes, mercado, livros e food delivery - será aprimorada com recomendações ainda mais personalizadas e inteligentes", disse a companhia em comunicado.
Impacto nos papéis
A conclusão da aquisição da SmartHint Tecnologia pelo Magazine Luiza não está tendo influência significativa no preço do papel da varejista no dia de hoje. A explicação é que a compra é acertada dentro dos planos da empresa, mas não traz nenhuma nova estratégia. No entanto, a companhia já tem tido quedas desde o mês passado por realização de lucros e avanços das concorrentes.
Para Julia Monteiro, analista da MyCap, a companhia tem feito uma série de compras complementares ao seu plano de expansão. Ela comenta que a investida da empresa no setor do varejo alimentar traz "elevada fidelidade e frequência de compra". Assim, a companhia acaba fazendo aquisições de empresas menores para complementar seu negócio. Para Henrique Esteter, analista da Guide, a conclusão da aquisição da SmartHint é um avanço tecnológico importante, mas que não deve mover o preço do papel de forma relevante. "Não é trasformador", diz.
Quanto à queda de mais de 2% que a ação tem nesta quarta-feira, Monteiro afirma que o movimento não é de hoje. "Ela já vem caindo, inclusive no mês passado performou muito mal. É realização de lucro. Os múltiplos estavam muito altos. Além disso, outros varejistas têm encurtado a distância em margens e capacidade logística do Magazine Luiza, que saiu na frente no ano passado", afirma.
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