15/10/2020

JSL tem interesse na estatal

 JSL tem interesse na estatal


Privatização dos Correios deve atrair outras empresas de logística e também varejistas

O processo de privatização dos Correios deve atrair empresas dos setores de logística e varejo, na avaliação de especialistas. Ontem, a JSL Logística afirmou em nota que tem interesse em participar da disputa pela estatal. Outros nomes ventilados como possíveis interessados são FedEx, DHL, Sequoia Logística, BBM Logística, Magazine Luiza, Mercado Livre e Amazon.

Em nota, a JSL informou que “dentro do seu planejamento estratégico, busca avaliar todas as oportunidades que tenham sinergia com seus negócios. E os Correios estão nesse grupo”. A Sequoia Logística informou que está em período de silêncio e, por isso, não comenta o assunto. A BBM Logística não foi localizada para comentar sobre o tema.

A DHL negou interesse na privatização dos Correios. “Não comentamos sobre especulações de mercado e potenciais fusões e aquisições. No momento, não temos planos para atingir o crescimento de nosso negócio postal por meio de privatizações e de outros serviços postais estrangeiros”, afirmou a companhia em nota. A Fedex informou que monitora oportunidades de mercado, mas não comenta especulações.

As empresas de entregas por aplicativo Uber e Rappi também são vistas como potenciais interessadas. Procuradas, as duas companhias não quiseram comentar o assunto. Uma fonte a par da questão disse que a Rappi não tem interesse nos Correios.

Entre os grupos varejistas, a Amazon afirmou que não comenta rumores ou especulações de mercado. O Magazine Luiza, que também foi procurado, não quis comentar o assunto.

Em setembro, o ministro das Comunicações, Fabio Faria (PSD), disse que cinco empresas teriam interesse em comprar os Correios e citou Magazine Luiza, Amazon, DHL e FedEx. Paloma Brum, economista da Toro Investimentos, considera que a quinta empresa seria o Mercado Livre.

A economista considera que as varejistas podem se beneficiar da compra dos Correios, melhorando seus prazos de entrega aos consumidores. “No caso das empresas de logística, elas conseguiriam transferir muita inovação para os Correios e aproveitariam a malha logística que já possuem para ganhar mercado”, avaliou Paloma.
A economista acrescentou que os Correios precisam de investimentos em inovação, mas o governo não tem recursos para fazer esse aporte. A privatização, nesse caso, seria um caminho para acelerar a aplicação de recursos nos Correios, colocando a empresa em linha com outras empresas internacionais de entregas, como DHL e FedEx.

Paloma estima que a privatização ocorrerá somente em 2022. “É uma companhia muito grande e ainda não há clareza se a privatização será feita de forma fatiada ou integral”, disse.

Para Armando Castelar, coordenador de economia aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), a venda integral dos Correios seria a melhor opção para o governo federal arrecadar mais recursos, melhorando sua situação fiscal.

“O governo arrecada mais se vender o negócio inteiro e vender imediatamente quando abrir o mercado de entregas postais. Se fatiar os Correios, ou abrir primeiro o mercado para depois privatizar, o governo vai arrecadar menos”, avaliou Castelar.

O projeto de privatização dos Correios entregue para apreciação da Casa Civil cria um ambiente regulatório para pôr fim ao monopólio dos Correios no serviço postal, estabelecer a criação de uma agência que vai regular o setor e abrir caminho para a privatização.

Castelar observou que, no caso do setor de telecomunicações, o governo primeiro abriu o mercado para a concorrência e depois vendeu as estatais ao setor privado. “O que a experiência da telefonia mostrou é que fica muito difícil para uma estatal competir com setor privado”, disse.

Fonte: Valor Econômico

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