Os ajustes relacionados ao inventário de emissões ABOL, previsto para ser apresentado no segundo semestre deste ano, foram abordados na tarde desta sexta-feira durante mais uma reunião online do Grupo ESG da Associação. O material está sendo elaborado pela ViaGreen, consultoria especializada em sustentabilidade. A organização conta com o apoio das empresas filiadas à ABOL, que estão na fase de entrega de dados para a execução do relatório setorial final.
“É uma oportunidade de as pessoas olharem para esse tema e trabalharem em conjunto”, destacou o CEO da ViaGreen, Conrado Bertoluzzi. “Estamos antecipando uma demanda que vai ter para o mercado regulado. Carbono vai ser um passivo para todo mundo e a forma de apurar vai ser por inventários bem fundamentados. Quanto antes começarmos a olhar isso, melhor. No futuro vai ser um requisito legal e quem já estiver no caminho, estará tranquilo”, complementou o diretor do Grupo ESG da ABOL, Marcos Azevedo.
A afirmação do também head de sustentabilidade da Bravo está alinhada aos impactos previstos pela regulamentação do mercado de carbono no setor de logística. O Projeto de Lei cria o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), que estabelece tetos para emissões e prevê regras para a venda de títulos de compensação. E o objetivo da ABOL é conscientizar cada vez mais os Operadores Logísticos, uma vez que a atividade de transporte responde por cerca de 20% das emissões globais de CO2, um dos principais gases causadores do efeito estufa.
Diversidade e inclusão
O encontro também foi marcado pela apresentação do case da Multilog sobre “Formação em Libras para Inclusão da Diversidade”. Iniciado no final de 2022 e com formação contínua, o projeto levou a empresa a vencer a 13º Edição do Prêmio Ser Humano RH SC, na Categoria Gestão de Pessoas (ESG). O programa foi criado após uma pesquisa interna para identificar os grupos de diversidade, apontar que uma gama de 20% dos deficientes são colaboradores surdos.
“Numa primeira conversa de feedback, concluímos que quando tratamos de barreiras para diversidade e inclusão, falamos de uma barreira na comunicação, como se o colaborador tivesse que se adaptar. Mas, na verdade, percebemos que a empresa precisa se desenvolver e aprender uma nova língua. Inserimos o tema em diversos tópicos e momentos, não apenas libras, de forma que o colaborador se sentisse pertencente. Hoje o intérprete já é mandatório em todas as ações”, disse o gestor de de Cultura, Clima Organizacional e Sustentabilidade e ESG, Willian Echeverria.
O curso em libras está em linha com as estratégias ESG da Multilog e tem como foco a promoção da diversidade, equidade e inclusão de pessoas, garantindo a todos uma comunicação acessível e preparando cada vez mais os colaboradores para o trabalho em equipe.