O Goldman Sachs está adicionando outra empresa à crescente lista de startups em que investe na América Latina.
O banco americano e a Redpoint eventures estão investindo US$ 23 milhões na Olist, uma startup que ajuda pequenos comerciantes a vender online, de acordo com Tiago Dalvi, fundador e CEO. Ele não disse quanto vale a empresa.
“A bandeira do Goldman é uma validação importante para nossa estratégia”, disse Dalvi em entrevista. “Nos ajuda tanto na expansão internacional quanto em M&A \[sigla em inglês para fusões e aquisições].”
A Olist, com sede em Curitiba, tem um modelo semelhante à plataforma canadense de e-commerce Shopify e já levantou cerca de US$ 135 milhões desde que foi fundada, com investidores como o SoftBank Group e o family office do bilionário Abilio Diniz. Em novembro, a empresa recebeu US$ 57 milhões em sua rodada da Série D, liderada pelo SoftBank. O recente investimento do Goldman é parte dessa mesma rodada, disse Dalvi.
Ele espera pelo menos mais uma rodada de captação privada antes de abrir o capital da Olist.
A Olist é o exemplo mais recente de como o Goldman vem atuando na crescente indústria de startups da América Latina. A divisão de Asset Management, responsável pela transação da Olist, também tem participações na fintech de pagamentos Iugu e na provedora de tratamento contra o câncer Oncoclínicas. Outras áreas do banco investiram na fintech brasileira Open Co e ajudaram a financiar o empreendimento do banco digital Nubank no México.
Na Olist, o Goldman deve se beneficiar com os ganhos inesperados do comércio eletrônico impulsionados pela pandemia. A empresa tem mais de 25 mil pequenos comerciantes conectados à sua Olist Shop, que vende por meio de marketplaces, incluindo Amazon e Mercado Livre, disse Dalvi.
“Dobramos nossas receitas no ano passado e planejamos multiplicar por pelo menos 2,5 vezes este ano”, diz Dalvi.
A Olist está acelerando sua busca por aquisições, com 20 alvos em espera e cinco em negociações avançadas. Também está contratando, com planos de aumentar sua força de trabalho de 650 funcionários para 1.000 até o final do ano.
A startup “definitivamente não foi um caso de sucesso da noite para o dia”, disse seu fundador de 35 anos. A Olist foi criada em 2015, nascida de outra empresa que Dalvi havia criado havia mais de uma década, que vendia diferentes tipos de produtos artesanais online e por meio de varejistas tradicionais. O negócio enfrentava dificuldades, minado por impostos e desafios logísticos.
“Isso me deu uma experiência de primeira mão sobre como é ser um comerciante”, disse Dalvi. “Me lembro de dirigir para pegar os produtos, embalá-los e enviá-los sozinho.”
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