15/07/2020

Certificação halal deverá ficar ainda mais exigente

 Certificação halal deverá ficar ainda mais exigente



Cenário indica que as transportadoras também terão que seguir regras dos países muçulmanos
Um dos principais destinos da carne de frango brasileira, os países muçulmanos devem ficar mais exigentes na certificação halal - as regras para atender os preceitos dos islamismo. A avaliação é de Ali Saifi, da certificadora Cdial Halal, a líder nesse ramo no Brasil.

Nos últimos anos, os países que integram o Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) já ampliaram as exigências para atestar que a carne de frango brasileira é halal. Se antes a regra estava concentrada em frigoríficos e na criação das aves, agora os armazéns terceirizados precisam também ser certificados para garantir, entre outras coisas, a não contaminação cruzada com carne suína.

De acordo com Saifi, que certifica em torno de 170 frigoríficos brasileiros, a exigência sobre os armazéns ocorreu no ano passado, e depois que os Emirados Árabes Unidos mantiveram parados dezenas de contêineres com carne de frango proveniente de um armazém terceirizado não certificado. “Agora existe um número importante de armazéns certificados”, disse. Nessa toada, o próximo passado deve ser a exigência de certificação para as transportadoras de alimentos, avaliou.

Em relação ao coronavírus, os importadores dos países muçulmanos vêm questionando a Cdial Halal sobre as medidas de prevenção adotadas pelos funcionários da certificadora que atuam nos abatedouros - cerca de 600 pessoas. “Temos que responder de forma robusta”, disse Saifi, dizendo que exportadores e a certificadora precisam garantir que não há risco de transportar o vírus no produto.

Embora não existam sinais de embargos a frigoríficos do Brasil como aqueles que ocorreram na China - o país asiático proibiu cinco abatedouros que tiveram funcionários contaminados por covid-19 -, é preciso se antecipar e dar boas respostas para as autoridades externas, sustenta o executivo da Cdial Halal.

No caso da carne de frango, essa precaução é fundamental, dada a relevância do mercado halal para as exportações brasileiras. Em média, mais de 40% do produto exportado pelos brasileiros é halal, de acordo com dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) fornecidos pela certificadora.

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