Em junho, o Brasil exportou 3,012 milhões de sacas de 60 quilos de café, que renderam US$ 423,2 milhões. Com o desempenho, os embarques acumulados na safra 2020/21 cresceram 13,3% em relação à temporada anterior, alcançando 45,5 milhões de sacas, e a receita aumentou 13,4%, para US$ 5,8 bilhões, informou ontem o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). A receita foi a maior dos últimos cinco anos.
O desempenho reflete uma safra com volume, qualidade e sustentabilidade exemplares, afirma o presidente da instituição, Nicolas Rueda. “Houve empenho em toda a cadeia, e pode-se notar a eficiência. Estamos em uma sequência de fatos muito positivos, mas, também, apreensivos para observar os meses que virão, pois não acreditamos que os desafios da logística sejam resolvidos em curto prazo”, disse ele a jornalistas.
Os dirigentes do Cecafé afirmam, ainda, que não há como estimar neste momento como serão os embarques na próxima safra. Os entraves logísticos acentuaram-se ao longo do ano, com alta expressiva nos custos dos fretes, sucessivos cancelamentos na agenda de embarques e dificuldade de novos agendamentos.
No acumulado do primeiro semestre de 2021, o país embarcou 20,8 milhões de sacas, volume também recorde, com receita de US$ 2,8 bilhões, o maior valor para o período desde 2016. Em comparação com os primeiros seis meses de 2020, o volume no período cresceu 4,5% e a receita, 7%. Os principais destinos do café brasileiro ainda são Estados Unidos e Alemanha. Em junho, o preço médio da saca de 60 quilos foi de US$ 140,48, acima dos US$ 117 do mesmo mês em 2020.
Fonte: Valor Econômico
29/11/2024
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