A Brado registrou crescimento de 146% na média mensal de transporte de DDG (Dried Distiller’s Grains) no primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. A empresa movimentou 522 contêineres, totalizando 14.656 toneladas do subproduto, utilizado na nutrição animal e proveniente da produção de etanol de milho.
Com esse volume, a Brado alcançou 89% de participação no mercado brasileiro de exportação de DDG em contêineres no período. O resultado consolida a empresa como uma das principais operadoras logísticas voltadas ao agronegócio, especialmente na rota entre Rondonópolis (MT) e o Porto de Santos (SP).
Segundo Ronney Maniçoba, gerente de Vendas da Brado, os dados demonstram a adequação da empresa às novas demandas. “Os resultados comprovam a capacidade da Brado em atender à crescente demanda por soluções logísticas eficientes para o agronegócio. Esse avanço significativo, que precede a formalização do acordo de exportação para a China, reforça o potencial de crescimento do mercado de DDG”, afirmou.
A União Nacional do Etanol de Milho (Unem) projeta uma produção de 17,7 milhões de toneladas de etanol de milho na safra 2024/25, alta de 21% em relação à anterior. A cada tonelada de milho processado, são gerados cerca de 300 kg de DDG, o que estimula a demanda por transporte especializado.
A previsão para a safra 2025/2026 é de 5 milhões de toneladas de DDG, sendo que apenas em Mato Grosso, onde está localizado o terminal da Brado, a produção de etanol deve atingir 6 bilhões de litros, resultando em aproximadamente 1,8 milhão de toneladas do farelo.
O transporte do DDG em contêineres lacrados atende à exigência de um mercado que prioriza a qualidade e segurança do produto. “O contêiner lacrado garante que a carga chegue ao destino na mesma condição em que saiu do produtor ou do terminal, minimizando riscos de contaminação e avaria. Isso é fundamental para atender as exigências do mercado de nutrição animal”, explicou Maniçoba.
Além disso, a recente autorização da China para importação de DDG brasileiro tende a ampliar ainda mais os volumes exportados. “A entrada da China como destino potencializa ainda mais os volumes de DDG movimentados. É um indicativo de que estamos no caminho certo, posicionando a Brado como um elo estratégico nessa nova dinâmica de exportação”, declarou o gerente.
O terminal da Brado em Rondonópolis recebe os contêineres já estufados e realiza o transporte ferroviário até Cubatão (SP), seguido por trajeto rodoviário até Santos. Com a entrada em operação de um segundo tombador de caminhões neste mês, a companhia passou a oferecer também a estufagem interna do produto, além de contar com um Redex (Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação), o que agiliza os trâmites de liberação.
A empresa também estuda expandir sua atuação no mercado interno de DDG, utilizando o terminal de Sumaré (SP) como centro de distribuição para fábricas de ração. “Temos a capacidade de entrar nesse mercado por ferrovia, utilizando nosso terminal de Sumaré como ponto de distribuição, seguindo o modelo de sucesso do milho, com entregas diretas em fábricas de ração”, concluiu Maniçoba.
Fonte: Logweb