A BBM Logística, um dos maiores operadores logísticos do modal rodoviário do Brasil e do Mercosul, registrou receita líquida recorde de R$ 434,8 milhões no terceiro trimestre de 2022 (frente a R$ 356,2 milhões no mesmo período de 2021), o melhor resultado da história da companhia. O Ebitda (Lajida, em português, que significa Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) foi o maior da história da BBM, e alcançou R$ 49,2 milhões, superior aos R$ 47 milhões totalizados no primeiro semestre do ano — no comparativo com o trimestre anterior (abril a junho), o indicador foi de R$ 26 milhões, um crescimento de 89,2%.
Esses números refletem o esforço da companhia em três frentes: gestão de custos, melhoria de processos e recomposição das margens. “O primeiro semestre foi bastante desafiador para o setor de transportes, em especial pelos reflexos da escalada inflacionária e das oscilações no preço dos combustíveis. Nossa estratégia foi a manutenção da carteira, buscando aumento de volumes e diluição dos custos fixos”, explica André Prado, CEO da empresa.
O segmento de transporte registrou avanço de 15,5% na receita líquida, saindo de R$ 236,8 milhões no segundo trimestre de 2022 para R$ 273,6 milhões entre julho e setembro. Na carga lotação, o crescimento foi de 28%, com um nível de serviço de 99%. “Uma melhoria no aproveitamento das viagens trouxe um aumento de 11,5% na receita por quilômetro, considerando o mesmo período”, completa André. No segmento de operações dedicadas, destaque para a renovação de um importante contrato de transporte de gases e um novo cliente no segmento agro/fertilizantes, além da ampliação da capacidade de armazenagem.
O pipeline comercial segue aquecido, com 310 novos contratos conquistados no terceiro trimestre, totalizando R$ 30 milhões em receitas de novos negócios no período (R$ 264 milhões anualizados). O funil de vendas está robusto, com potencial de atingir R$ 1,2 bilhão em receitas futuras, o que sinaliza a continuidade de evolução comercial e desenvolvimento do negócio.
A escalada da taxa de juros teve impacto no custo financeiro, resultando em prejuízo líquido de R$ 11,7 milhões no terceiro trimestre. A geração de caixa operacional ficou em R$ 44,2 milhões, o melhor desempenho desde junho de 2020, permitindo investimentos de cerca de R$ 8,7 milhões e redução das obrigações financeiras. A dívida líquida totalizou R$ 421,9 milhões no mesmo período, com uma posição de caixa de R$ 55,3 milhões. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida/Ebitda, ficou em 3,69x, frente a 4,63x no trimestre anterior.