Por Paulo Sarti, diretor-presidente da Penske Logistics Brasil
A estabilização da economia brasileira na segunda metade da década de 90, aliada à modernização da legislação para atrair capital estrangeiro, fomentou uma revolução na logística do País. O cenário favorável despertou o interesse de gigantes globais, como a Penske, que no começo de outubro comemorou 25 anos de sua bem-sucedida história no Brasil, da qual tenho imenso orgulho de fazer parte.
Tudo começou em 1998, quando a companhia deu início às operações em território nacional por meio de uma joint venture com a extinta Cotia Trading. Sete anos depois, a Penske comprou as ações restantes e se tornou a única proprietária do grupo, completando mais uma etapa para se consolidar entre os principais operadores logísticos do País.
Ao longo destas quase três décadas, evoluímos muito, tanto como empresa quanto como setor. A cadeia logística se tornou mais eficiente graças ao avanço tecnológico e ao constante aperfeiçoamento de modelos como nosso LLP (Lead Logistics Provider), que, implementado no Brasil em 2014, já permitiu aos clientes da Penske uma redução de custos de transporte da ordem de milhões de reais por ano.
Superamos momentos desafiadores, como a pandemia, sem deixar de investir no aprimoramento constante da nossa estrutura para seguir oferecendo as melhores condições possíveis para os clientes, principalmente em segmentos como alimentos, varejo e e-commerce, cujas atividades tiveram um boom entre 2020 e 2021.
Nos próximos anos, os investimentos em tecnologia serão intensificados. A partir da disseminação do 5G, por exemplo, com potencial de redução dos custos da cadeia e potencialização da automação de processos, tanto nos armazéns quanto no transporte, daremos grandes passos. Também contribuirão para o progresso inovações como o armazém multicliente, prestes a ser implementado pela Penske no Brasil, onde será possível armazenar e distribuir mercadorias de diferentes segmentos, oferecendo custos variáveis e compartilhados dependendo do volume.
As perspectivas para a logística brasileira são animadoras. Como um dos principais players globais, a Penske continuará comprometida com o desenvolvimento do setor, que ainda pode (e deve) avançar em termos regulatórios e estruturais, para proporcionar um ambiente de negócios cada vez mais fértil. Que venham os próximos 25 anos.