O segundo dia do Fórum Regional Centro-Oeste Export, realizado nesta terça-feira,10, em Rondonópolis (MT), teve entre os destaques a busca de soluções para os gargalos do transporte multimodal na região Centro-Oeste. O tema foi abordado durante o Painel 3, que contou com a participação do diretor presidente e CEO da ABOL - Associação Brasileira de Operadores Logísticos, Cesar Meireles.
Na ocasião, ele reiterou os três principais desafios para o incremento do transporte de mercadorias por diferentes modais: a questão tributária, os investimentos em infraestrutura e a redução da burocracia. Os aspectos são considerados cláusulas pétreas pelo executivo, que também fez parte da coordenação do conselho orientador do evento.
Durante a sua apresentação, o diretor presidente e CEO da ABOL enfatizou a necessidade de redução da burocracia, citando a tramitação do Projeto de Lei nº 3.757/2020, que visa regulamentar a atividade dos Operadores Logísticos no Brasil, vindo a atualizar o secular marco regulatório da armazenagem geral, revogando o decreto mº 1.102/1903.
Dois importantes projetos da Brado Logística, associada da ABOL, para o avanço da multimodalidade foram citados por Meireles, os contêineres de 53 pés, que estão em fase de testes e foram pensados para atender o mercado interno, e os vagões para uso Double Stack. Ambos são responsáveis por garantir mais eficiência e produtividade ao processo, reduzindo custos operacionais e logísticos.
Além disso, Meireles mostrou como a realização de leilões para concessão de novas áreas utilizando o conceito multimodal e um maior foco nos clusters ou hubs logísticos podem contribuir para grandes mudanças. "Essa visão sinaliza a canalização dos investimentos considerando essa plataforma de integração e adensamento de atividades do ecossistema logístico. Também é fundamental olhar a matriz de origem e destino, algo que no Brasil não focamos muito ao longo do tempo”, afirmou.
Antes de finalizar, o diretor presidente e CEO da ABOL aproveitou para fazer uma positiva e pró-ativa provocação. Há três anos na vice-presidência da ALALOG - Associação Latinoamericana de Logística, ele ressaltou o quão distante o Brasil está da integração com os demais países da América Latina, tanto nos modais ferroviário e hidroviário, como no rodoviário, pois mesmo com as ligações existentes poderiam ganhar mais capilaridade e integração com as malhas viárias dos países vizinhos.
> “Não seria o momento de colocarmos isso na pauta? Nós vivemos décadas de costas um para os outros, Brasil para os demais países e vice-versa. A integração se dá quando inclui todas as regiões possíveis. Isso se faz necessário para compreender um pouco mais a possibilidade dessa aproximação”.
14/05/2025
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