Em alta de 8% no acumulado do ano e de 28% nos últimos doze meses, a Tegma (TGMA3) ainda pode subir mais em meio a oportunidades para os negócios da companhia de logística, segundo aponta o Itaú BBA, que reforçou recomendação de compra para as ações.
Em evento para investidores da Tegma, que contou com executivos de todas as linhas de negócio da companhia, o banco ressalta que foram apontados dois destaques como vias de crescimento: a entrada das montadoras chinesas no mercado brasileiro e a abertura para o mercado de logística de veículos seminovos.
Com isso, os analistas do banco reforçaram recomendação de compra para as ações e elevaram o preço-alvo de R$ 33 para R$ 42, ressaltando que a companhia é desalavancada e geradora de caixa, e pode agora também apresentar um crescimento mais acelerado em relação ao histórico.
“A Tegma cresce junto com as montadoras chinesas no Brasil”, aponta o BBA. Entre 2022 e 2024 (considerando o período até setembro), essas montadoras ganharam 5% de market share (participação de mercado). A companhia está exposta à maior dessas marcas, a BYD, que já representa 3,5% do mercado.
Isso porque, além de fornecer os serviços tradicionais de logística a esse cliente, também disponibiliza serviços de armazenamento adicionais à montadora chinesa. No evento, foi comentado pelos executivos que já existem conversas com duas outras montadoras chinesas.
Seminovo também aparece como nova via de crescimento. Historicamente, a Tegma tem mantido posição consolidada em 25% de market share, com limitações de crescimento. No entanto, recentemente, a companhia tem explorado um novo mercado. Cerca de 9 milhões de veículos usados são vendidos ao ano, representando quase três vezes o mercado endereçável de carros novos, entre 2-3 milhões de automóveis anualmente. Com isso, a Tegma já iniciou essa expansão e atende cerca de 60 mil veículos ao ano, através do segmento Fastline.
O BBA também vê positivamente o posicionamento exposto pelos executivos da Tegma, ressaltando a prioridade de distribuição de, pelo menos, 50% do lucro em dividendos em 2025, independente do surgimento de novas oportunidades de crescimento.
Ainda assim, continuam atentos às possibilidades de fusões e aquisições no segmento de logística integrada.
O mercado de veículos novos também ainda em crescimento. “Esse ano, já tivemos surpresa positiva quanto ao crescimento de veículos novos, em cerca de 14% ano a ano em setembro, contra a expectativa de 12% no começo do ano. A expectativa atualizada da Fenabrave projeta crescimento de 15% em relação ao ano de 2023”, afirma o banco.