10/12/2020

"VACINA: manter a integridade é um dos maiores desafios da logística de distribuição"

 "VACINA: manter a integridade é um dos maiores desafios da logística de distribuição"


Nos Estados Unidos e no Reino Unido, a vacina contra o Covid-19 já começa a se tornar uma realidade. No Brasil, a expectativa é de que as doses comecem a ser aplicadas no início de 2021. Se para a população o cenário é de alívio, para o governo ainda há muitos pontos a serem resolvidos até que a luta contra o coronavírus chegue ao fim. Decidir quem serão os primeiros a receber a vacina é apenas uma das fases do processo.

Na verdade, o principal debate gira em torno da logística de distribuição, que precisa ser ágil, eficiente e sem intercorrências. “É um imenso desafio, porque não estamos falando apenas em distribuição nos grandes centros urbanos, mas também nos rincões mais distantes”, afirmou o diretor presidente e CEO da ABOL, Cesar Meireles, que tem acompanhado de perto todas as decisões em relação ao tema.

De acordo com o executivo, o Operador Logístico será o responsável por salvaguardar e dar tranquilidade para toda a população de que as vacinas operacionalizadas terão a sua integridade mantida em todos os aspectos impostos pelos laboratórios, indústria, Anvisa e Ministério da Saúde. “A logística é considerada um processo amplo, que vai desde a primeira até a última milha. E o operador atua em toda a cadeia logística de valor. O que será observado e focado na distribuição das vacinas são aspectos relacionados à capacidade que esses profissionais têm e terão com esse alto volume de doses para distribuição em todo o território nacional”, destacou Meireles, lembrando que as vacinas precisam chegar a todas as regiões do País com a mesma integridade de origem.

Apesar da preocupação, o presidente da ABOL garante que os operadores estão devidamente preparados para atender essa demanda, pois já realizam trabalho semelhante em campanhas corriqueiras nos âmbitos público e privado, na saúde humana, como a do H1N1, sarampo, pólio, gripe e, na saúde animal, com a febre aftosa, entre outras. Eles dispõem de todo o aparato necessário para cumprir as exigências dos órgãos intervenientes, seja relacionado a armazenagem, temperatura ou transporte.

Segundo Meireles, os equipamentos são novos, de última geração para atender tanto as campanhas atuais, como as da Covid-19. A única diferença é que haverá um tratamento contingencial, de urgência e emergência, com uma preocupação e atenção absolutamente rigorosas para garantir celeridade nos processos.

“Quem visita um Operador Logístico dedicado a área da saúde irá ver todas as suas câmaras refrigeradas, da cadeia fria como um todo, as climatizadas, as refrigeradas entre todos os ranges (faixas) de temperatura, desde as climatizadas (15º a 25º), até as refrigeradas (2º a 8º) ou as mais rigorosas abaixo de zero (-15º a -30º), chegando a ultrapassar essa marca. Esse processo é uma continuidade, ao mesmo tempo em que requer muito mais zelo e preocupação, por ser uma campanha de altíssimo volume e que deverá acontecer em tempo recorde. Será necessário redobrar a atenção para que tudo ocorra da melhor forma possível”, explicou Meireles, apontando os cuidados a serem tomados para que não haja surpresas no meio do caminho.

Não é à toa que o governo vem discutindo, há semanas, o melhor plano para distribuição da vacina. Questões envolvendo fornecimento de energia, equipamentos de segurança pessoal, internet e infraestrutura viária, seja por terra ou pelo ar, precisam estar alinhadas e sob total controle. A prioridade, menciona o presidente da ABOL, está no controle de temperatura e umidade, uma vez que estamos falando de um país continental, com grande variação climática no Norte ao Sul e do Leste ao Oeste.

“Todo esse aparato logístico e equipamentos precisarão estar sendo muito bem preparados, mantidos e acompanhados para que não haja solução de continuidade, ou ruptura de qualquer natureza. Recentemente, nós vimos no Norte um apagão prolongado, imagina se isso estivesse ocorrendo no instante da distribuição das vacinas para aquele estado?! “, diz.

Para Meireles, é fundamental que sejam observadas todas as instruções, normas e regras do Ministério da Saúde, Anvisa e Secretarias de Estado da Saúde para que não haja falhas na distribuição. “É necessário frisar que os Operadores Logísticos que trabalham com a cadeia fria, os centros de distribuição refrigerados, dispõem de geradores suficientemente estruturados para atenderem interrupções de energia, mas, quando nos referimos acima na integração de todos, referimo-nos à integridade e estabilidade de toda a cadeia logística por onde transitarão as doses. Costumo afirmar que cadeia logística integrada é pleonasmo vicioso. Em qualquer município do País onde houver um brasileiro, haverá de se ter uma vacinação, e nós, os Operadores Logísticos, estaremos lá!”.

Fonte: Portos e Navios

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