15/03/2022

Suzano aplica R$ 890 mi em terminais portuários

 Suzano aplica R$ 890 mi em terminais portuários



Desde que consumou a fusão com a Fibria, no início de 2019, a Suzano elevou os investimentos em terminais portuários e, na busca por maior eficiência operacional, acabou se protegendo também do caos na logística global desencadeado com a pandemia de covid-19. Em quatro anos, incluindo os R$ 120 milhões previstos para 2022, a maior produtora mundial de celulose de eucalipto terá destinado cerca de R$ 890 milhões apenas para essa conta.


“Esse tem sido um diferencial para melhor atender aos clientes em um momento atípico”, diz o diretor de florestal, logística e suprimentos da companhia, Carlos Aníbal de Almeida. No ano passado, a companhia embarcou 10,6 milhões de toneladas de celulose a clientes em diferentes regiões, em meio a um ambiente logístico “muito desafiador”.


Conforme o executivo, portos seguem congestionados ao redor do mundo e navios, com atraso na chegada, com reflexo em toda a cadeia. Antes da guerra na Ucrânia, havia expectativa de que pudesse haver início de normalização no segundo semestre. Agora, há mais incertezas. “Com a guerra, não temos mais visibilidade”, afirma.


A Suzano prevê inaugurar neste mês o novo berço de atracação no Porto do Itaqui, em São Luís, por onde é escoada a produção de celulose da fábrica de Imperatriz - a unidade tem capacidade nominal de 1,5 milhão de toneladas por ano. Ali, os investimentos superam R$ 300 milhões e, durante as obras, foram abertos cerca de 700 postos de trabalho. O projeto no terminal inclui um novo armazém, que deve entrar em operação em meados do ano,


Conforme Aníbal, os testes de comissionamento já foram iniciados. Com o investimento no berço 99, a companhia passa a ter preferência de movimentação sobre outras cargas. Por mês, em três diferentes terminais brasileiros - Maranhão, Espírito Santo e São Paulo (Santos) -, a operação da Suzano conta com 30 a 40 navios, dos quais 10 dedicados.


Entre 2020 e 2021, conta o executivo, os investimentos em terminais portuários somaram R$ 400 milhões, “todos conectados para aumento de eficiência operacional”. “Foi um momento de demanda aquecida, mas de complexidade crescente para atender aos clientes. Agora, com sete fábricas e três terminais, temos flexibilidade operacional.”


Ao mesmo tempo, o alongamento do ciclo de navegação e a persistente escassez de contêineres - há produtores de celulose que embarcam sua produção por contêiner - também contribuíram para o maior aperto entre oferta e demanda da fibra no mercado global, que se refletiu em recuperação dos preços.


Na semana passada, o preço líquido da celulose de fibra curta na China estava em US$ 674,57 por tonelada, com alta de US$ 64,90 em um mês, segundo a Fastmarkets Foex. Na fibra longa, a alta em um mês foi de US$ 56,30, a US$ 886,61 por tonelada. Em relatório do início do mês, a equipe de análise do Citi destacou que os prazos de entrega de celulose de eucalipto da América do Sul para a China aumentaram significativamente em relação ao período pré-pandemia. Grandes produtores sul-americanos que dependem da disponibilidade de contêineres para embarcar seus produtos têm enfrentado dificuldade, apurou o Valor.


Na Suzano, após Itaqui, o próximo grande investimento em terminais portuários virá com a construção da nova fábrica de celulose, em Ribas do Rio Pardo (MS).


Fonte: Valor Econômico



Notícias Relacionadas
 Logística é hoje um dos principais desafios para grãos, afirmam executivos

13/09/2024

Logística é hoje um dos principais desafios para grãos, afirmam executivos

Seja para produtor de café, de soja, trigo ou algodão, um dos principais desafios está na logística, especialmente em um país tão dependente de rodovias como o Brasil e com seu principal (...)

Leia mais
 Investimento de R$ 13,7 bi: Infraestrutura de transportes atinge melhor índice em 10 anos

13/09/2024

Investimento de R$ 13,7 bi: Infraestrutura de transportes atinge melhor índice em 10 anos

De acordo com o Anuário Estatístico de Transportes, publicado em agosto deste ano pelo Ministério dos Transportes, a infraestrutura de transportes no Brasil recebeu investimentos do Gove (...)

Leia mais
 Transporte de cargas registra alta em primeiro semestre deste ano

12/09/2024

Transporte de cargas registra alta em primeiro semestre deste ano

Os principais modos de transporte de cargas do Brasil registraram alta na movimentação durante o primeiro semestre deste ano. O aumento inclui rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. O (...)

Leia mais

© 2024 ABOL - Associação Brasileira de Operadores Logísticos. CNPJ 17.298.060/0001-35

Desenvolvido por: KBR TEC

|

Comunicação: Conteúdo Empresarial

Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com os nossos Termos de Uso e Política de Privacidade e, ao continuar navegando neste site, você declara estar ciente dessas condições.