A Natura se prepara para transportar cosméticos em drones a partir de 2022.
Após serem adotados especialmente por produtores rurais nos últimos anos, principalmente para realizar mapeamento de áreas e obtenção de dados sobre plantações, os drones ganham novas funções também em áreas urbanas, como entrega de produtos, monitoramento de grandes ativos e controle de estoques em centros de distribuição, em projetos que, normalmente, envolvem startups da área.
A iniciativa, no caso da Natura, é resultado de uma parceria com a empresa Speedbird Aero, iniciada a partir de programa para identificar startups com potencial para trabalhar junto com a empresa.
No momento, as companhias trabalham juntas em testes internos para avaliação dos melhores veículos para o transporte de produtos. Também analisam rotas para solicitar autorização de voo à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Um dos objetivos da Natura ao adotar a tecnologia é ampliar as alternativas para zerar suas emissões líquidas de carbono até 2030, diz Leonardo Romano, diretor de cadeia de suprimentos, inovação e Logística do grupo Natura &Co.
Além disso, a companhia busca melhorar a experiência do consumidor e acelerar entregas em regiões mais distantes de seus centros logístico e de acesso mais difícil, afirma o executivo.
A empresa diz que o piloto será feito por equipamentos com capacidade de voar por até 200 quilômetros no primeiro trimestre de 2022. Os drones devem ter capacidade de carregar encomendas de até dez quilos.
A empresa não informa neste momento em quais cidades a iniciativa irá começar.
Romano ressalva que, apesar do potencial desse tipo de equipamento na logística de transporte, ainda não é o momento de esperar um drone entrando pela janela com perfumes. A regulação, por questões de segurança, exige que sejam definidos previamente locais de partida e aterrissagem para as rotas da empresa.
No caso da Natura, estão em análise áreas em locais como shoppings centers, condomínios residenciais e centros de distribuição.
Outra ideia em análise é que caminhões levem produtos de algum dos dez centros de distribuição até áreas de decolagem de drones para que, daí, eles possam ser levados rapidamente até o consumidor, lojista ou consultor da empresa.
Fonte: Folha de SP
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