Comércio eletrônico demanda áreas e leva a volumes recordes de contratações de locação
O mercado de locação de galpões segue em franca expansão, não só no entorno da cidade de São Paulo, localização mais cobiçada por desenvolvedoras de projetos e por potenciais ocupantes, como também em outras regiões. O desempenho do segmento reflete, principalmente, o aumento da demanda de empresas de comércio eletrônico e varejistas com atuação em “e-commerce” por imóveis de qualidade e em localizações próximas a rodovias e centros de consumo.
Na disputa por oferecer a entrega mais rápida e mais barata dos produtos aos clientes, grandes varejistas como Amazon, Magazine Luiza e Mercado Livre têm demandado muitas áreas e investido em logística e tecnologia. No terceiro trimestre, a necessidade de mais galpões resultou em recordes de contratações de aluguel, medidas pelo indicador de absorção bruta, e em queda das taxas de vacância.
Apostando na continuidade da demanda, desenvolvedoras de galpões têm investido em novos projetos. Desde janeiro, a Global Logistica Properties (GLP), maior empresa do setor, deu início a 400 mil 2 em novas obras, com conclusão prevista para até o próximo ano. Esses projetos da GLP estão concentrados no Estado de São Paulo. A Log Commercial Properti
O crescimento mais acentuado da demanda ainda se concentra no raio de 30 quilômetros da cidade de São Paulo, mas a necessidade de empresas estarem perto dos centros consumidores vem resultando no aumento da demanda por projetos nas proximidades de outras capitais. “Tem havido muita procura por desenvolvimento de galpões em regiões em que o mercado não está consolidado, como Norte e Nordeste, para centros de distribuição de grandes varejistas”, diz o sócio-diretor da Biswanger Brasil, Nilton Molina Neto.
Ao mesmo tempo, o volume de operações de compra e venda de galpões segue bastante aquecido no mercado. “Em 2019, essas operações somaram R$ 6,3 bilhões no Brasil. Neste ano, já chegam a R$ 5,3 bilhões e vão terminar acima de R$ 7 bilhões”, diz o presidente da CBRE, Walter Cardoso, ressaltando que fundos de investimento imobiliário (FIIs) lideram as aquisições. O Estado de São Paulo deverá responder por R$ 5 bilhões das operações, seguido por Rio de Janeiro, com fatia de R$ 1 bilhão a R$ 1,2 bilhão, segundo Cardoso. O restante está distribuído em outros estados.
O mercado brasileiro de galpões de alto padrão ainda é considerado incipiente com grande potencial de crescimento, levando-se em conta a qualidade da maior parte dos empreendimentos e as dimensões do país. Além do “e-commerce” e do varejo tradicional, o setor de alimentos e bebidas, e a indústria farmacêutica têm procurado muitas áreas de galpões.
Considerando-se o mercado nacional, a absorção bruta de galpões chegou a 782,9 mil m2, no terceiro trimestre, de acordo com a Colliers International Brasil. Houve absorção líquida - contratações menos devoluções - de 476,9 mil m2. Os dois indicadores foram recordes. “O quarto trimestre deste ano e o primeiro trimestre de 2021 ainda serão fortes”, diz o presidente da consultoria, Ricardo Betancourt.
O preço pedido por metro quadrado de galpões, no país, ficou em R$ 18,80, praticamente estável em relação ao trimestre anterior, segundo a Colliers. “O valor só não aumentou porque há um volume importante de metros quadrados em construção em São Paulo”, diz Betancourt.
Fonte: Valor Econômico
01/06/2023
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