31/03/2021

Marcas ampliam uso de marketplaces

 Marcas ampliam uso de marketplaces


O percentual de empresas de alimentação que recebem pedidos por diferentes canais - próprios e por meio de marketplaces - passou de 45% antes da pandemia (2019 e início de 2020) para 73%, após o isolamentos social, revela pesquisa da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Para Antônio Moreira Leite, vice-presidente da entidade, essa infraestrutura criada para vendas por múltiplos canais se tornará permanente.

Felipe Dellacqua, sócio da VTEX - provedora de plataforma de e-commerce -, diz que, em 2020, houve uma concentração de compras via marketplace, cujas vendas cresceram 61% ante à média nacional de 46%.

“Em 2020, o grande varejo passou a incluir os estoques das franquias em seu e-commerce, executando o conceito conhecido como ‘marketplace recursivo’, que integra e disponibiliza essas mercadorias em marketplaces de terceiros”, explica Dellacqua.

Outra tendência é o “cloud shift”, ou autorização para entrega de e-commerce a empresas como Uber Rush e Cabify Entregas, e a startups como Eu Entrego, ampliando a logística para o pequeno lojista ou franqueado.

Leandro Soares, diretor executivo de marketplace do Magalu, diz que há as franqueadoras que fecham contratos com a empresa, trazendo seus franqueados, como a Maybelline e a Provanza; e também as franquias autorizadas pela franqueadora a vender on-line, cadastrando-se diretamente no marketplace.

“As franquias podem se beneficiar da plataforma Parceiro Magalu, que ajuda os pequenos varejistas a venderem on-line de forma simples. E, para o marketplace, a franquia traz o benefício da presença local. Assim, empresas como Brasil Cacau podem entregar chocolates em boa parte do Brasil.”

Alexandre Nogueira, consultor de Mercado Livre, B2W, Magalu e Amazon, destaca que os marketplaces são responsáveis por 78% do faturamento do e-commerce brasileiro, segundo levantamento da Ebit|Nielsen. Segundo ele, a captura mista de pedidos acontece também via mídias sociais como Instagram e WhatsApp, lojas virtuais e especialmente os marketplaces com muita audiência.

“Cerca de 25 milhões de pessoas procuram por moda no Mercado Livre, de marcas como Reserva, Arezzo e Adidas, algumas com presença por meio de franquias. Antes o franqueador não permitia isso.”

A Havanna optou por seguir com estratégias de adaptação para o delivery, vendas pelo e-commerce, por aplicativo, por marketplace e por canais de varejo, como mercados e farmácias (serviços essenciais). Os marketplaces utilizados incluem Mercado Livre, Submarino e B2W.

“O marketplace é um canal alternativo de divulgação da marca e de venda em períodos de fechamento de lojas”, diz Diego Schiano, diretor da Havanna no Brasil. Ele prevê crescer de 120 para 150 franquias até o final do ano.

Júlio Bertolucci, diretor da Água Doce Sabores do Brasil, rede de 70 restaurantes em oito Estados, diz que um projeto de dois anos teve de ser executado em dois meses porque todas as lojas estão fechadas operando só com delivery. A empresa desenvolveu o conceito de cardápio global para receber pedidos no próprio site, por aplicativo e redes sociais

“Faturávamos cerca de R$ 13 milhões por mês. Após a pandemia, o faturamento caiu para R$ 3 milhões por delivery, mas antes, essa modalidade somava apenas R$ 500 mil. Isso só foi possível com o conceito de multiplataforma. O WhatsApp, por exemplo, dá uma resposta maior do que plataformas como iFood ”, afirma Betolucci.

A Café Cultura, rede de 18 cafeterias na região Sul, comercializa cafés especiais, um mercado que cresce de 15% a 20% ao ano. A empresa vende por lojas físicas, delivery, e-commerce próprio e marketplaces como Mercado Livre e Café Store.

“Cada franqueado tem o seu delivery por meio de um contrato global da rede com os marketplaces. No Café Store, que é especializado, vendemos melhor. No Mercado Livre, ainda não performamos muito bem. Mas, no e-commerce próprio, vendemos por mês o que vendíamos em um ano e para todo o Brasil”, revela Luciana Melo, CEO e fundadora do Café Cultura.

A B2W informa que conectou mais de 40 mil novos lojistas ao seu marketplace em 2020. O número de itens ofertados nos sites totalizou 87,2 milhões, alta de 196% em relação a 2019. As metas são alcançar 100 milhões de itens, 150 mil lojistas e mais que dobrar de tamanho até 2023.

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