28/07/2023

Como o ESG impactará nossas vidas?

 Como o ESG impactará nossas vidas?



Por Marcos Azevedo, Head de Sustentabilidade da Bravo Serviços Logísticos


Cada vez mais as empresas despertam para a responsabilidade socioambiental. É por isso que o conceito de ESG vem ganhando espaço. Adotar práticas que tragam contribuições positivas para a sociedade se tornou um diferencial para as organizações, com impactos diretos também nos negócios.


Recentemente, voltei da Suíça, onde participei da missão ESG, organizada pela CNT e SEST/SENAT, com uma perspectiva bastante positiva de como nossas vidas serão impactadas pelo o ESG. Trago esta convicção baseada nos resultados alcançados em um país que está mais avançado nesta agenda e na visão de como os stakeholders estão tratando o tema na cadeia de valor.


Hoje, os investidores e agentes financeiros avaliam suas opções de negócios sobre critérios ESG; as entidades governamentais e não governamentais e a sociedade civil cobram soluções e buscam alternativas em torno do tema; e ainda tem mais um fator, acredito que o mais importante, seja o sentimento altruísta voltado ao bem comum e a certeza de que se nada for feito, estaremos comprometendo as gerações futuras.


Trazendo o tema para a nossa realidade, a grande questão é como fazer essa transformação. Quebrar paradigmas parece ser o nome do jogo e o primeiro deles é imaginar que o ESG deve ser praticado devido à demanda externa e que o conceito afeta negativamente margem e retorno para o acionista. Paradoxalmente é justamente o contrário, pois ele torna as empresas mais atrativas, resilientes, competitivas e integradas em um ambiente social mais justo e sustentável. Eu diria que de uma forma ou de outra, todos os caminhos levarão a Roma, já que não têm como as empresas não se engajarem com o tema, sem correr o risco de ficarem obsoletas e fora dos negócios.


Existem companhias em diversos graus de maturidade em ESG, algumas que olhamos com admiração e exemplo a ser seguido, e outras que estão iniciando a sua jornada em busca de conhecimento para dar os primeiros passos. Observando quem está mais à frente, constatamos que o ESG faz parte dos valores, da cultura e do comportamento dos colaboradores, está alinhado aos objetivos estratégicos e de remuneração atrelado ao P&L. Essas empresas estão gerando valor compartilhado, influenciando positivamente seu meio social e reduzindo impactos ambientais, além de serem mais valorizadas, atrativas, resilientes e competitivas.


Para quem está iniciando, o ideal é fazer um diagnóstico, definir uma estratégia de implantação da cultura baseada em KPI’s e determinar uma rota de certificação – responsável por estabelecer um caminho consistente e amparado na matriz de materialidade e definição dos temas materiais para a agenda baseada em relevância, riscos externos e impactos gerados pelo negócio.


Mas, afinal, como o ESG impactará nossas vidas? O grande legado do conceito é quando descobrimos o nosso poder de transformar, não só como indivíduos, mas também como instituições e sociedade. Quando estamos alinhados a um propósito, ficamos extremamente energizados, motivados e fortalecemos nosso poder criativo. Acredito que empresas transparentes e com propósitos claros atraem talentos capazes de fazerem as transformações que precisamos.


É nítido a quantidade de companhias se engajando em causas sociais, tomando para si responsabilidades que antes eram consideradas de entidades governamentais. As organizações estão alinhando seus propósitos e valores com a agenda ESG, se tornando cada vez mais transparentes em suas relações com seus investidores, mercados, colaboradores e comunidades. É um movimento crescente! Na Bravo Serviços Logísticos, por exemplo, temos ciência do nosso papel frente aos desafios socioambientais e, por isso, possuímos o compromisso de buscar soluções sustentáveis que visam minimizar os impactos das nossas operações e gerar impacto positivo na comunidade.


Durante a viagem, notei que o esforço que vem sendo realizado em soluções para transição energética é impressionante, tanto para geração de energia de fonte renovável, como para combustíveis alternativos. Neste aspecto, o setor logístico no Brasil tem desafios importantes para viabilizar soluções de curto prazo, mas um potencial enorme de utilização de biocombustíveis a longo prazo. O mercado de carbono está sendo regulado e logo poderemos atuar de forma mais equilibrada com o meio ambiente. Não, não somos a Suíça – temos diferenças culturais, econômicas e territoriais enormes e uma longa jornada a percorrer, mas sabemos o caminho e não podemos nos esquecer que entre essas diferenças temos o nosso potencial agrícola, para a geração de biocombustíveis e energias renováveis. Vejo, claramente, no final desta jornada, uma sociedade mais justa e equilibrada no uso dos recursos naturais. Claro que ainda temos muito trabalho pela frente, mas a parte boa só depende de nós. Mãos à obra!



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