07/04/2022

Commodities: Logística melhora, e café recua em Nova York

 Commodities: Logística melhora, e café recua em Nova York



Sob indícios de melhoria do fluxo internacional de comércio de café, o grão encerrou esta quarta-feira em queda na bolsa de Nova York. Os contratos do arábica para maio e julho recuaram 1,6%, ambos para US$ 2,276 por libra-peso.


Segundo o analista Jack Scoville, do Price Group, há sinais de que os entraves logísticos que frearam as exportações de café do Brasil estão se dissipando. A informação deflagrou um ajuste técnico, principalmente nas posições dos fundos.


Café


Conforme dados preliminares da balança comercial, no mês passado, o Brasil exportou 203,1 mil toneladas de café não-torrado, uma queda de 16% em relação a março de 2021. A receita, por outro lado, cresceu 53% no comparativo, para R$ 823,5 milhões, puxada pelo aumento de 43% no preço médio por tonelada (R$ 4.054,40).


A valorização do dólar em relação ao real também dá margem para o corte nos preços, uma vez que torna o produto brasileiro mais barato para os exportadores. A moeda americana estava sendo negociada por mais de R$ 4,70 perto do fim dos negócios no mercado de café.


O analista Jack Scoville disse também que há dúvidas sobre como ficará a demanda pelo grão em um cenário que soma a guerra entre Rússia e Ucrânia e o surto de covid-19 em Xangai, na China. Ontem, a Organização Internacional do Café (OIC) manteve em 3,1 milhões de sacas sua projeção de déficit global na safra 2021/22, que começou em outubro.


Algodão


Pressionado pelo petróleo, o algodão para maio caiu 1,3%, a US$ 1,3569 por libra-peso. Já a segunda posição, que vence em julho, recuou 1%, a US$ 1,326 por libra-peso.


A desvalorização do fóssil reduz a competitividade dos tecidos naturais em relação aos sintéticos. O barril do Brent para junho, referência internacional, caiu 5,22% nesta quarta-feira, a US$ 101,07.


Em relatório, o Zaner Group disse que os investidores têm preferido esperar os relatórios de exportação e safra de algodão dos EUA, que serão divulgados nesta semana, para tomar decisões mais arriscadas.


Açúcar


O desempenho do petróleo também pressionou as cotações do açúcar demerara. Os contratos para maio e julho caíram 0,3%, a 19,59 e 19,44 centavos de dólar por libra-peso, respectivamente.


Em teoria, a desvalorização do fóssil deixa o etanol menos competitivo, o que pode levar as usinas brasileiras a destinarem menos cana à produção do biocombustível, aumentando, assim, a oferta de açúcar.


Além disso, a desvalorização do real permite ajustes nas cotações internacionais do açúcar, que fica mais barato para os importadores quando a moeda brasileira cai.


Suco de laranja


O suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) também encerrou em queda. Os compromissos para maio caíram 0,44%, a US$ 1,5955 por libra-peso, e a segunda posição, que vence em julho, recuou 0,53%, a US$ 1,5865 por libra-peso.


Cacau


Exceção no dia, o cacau encerrou o pregão em alta. Os lotes para maio subiram 0,6%, a US$ 2.549 por tonelada, e os papéis que vencem em julho avançaram 0,7%, para US$ 2.605 a tonelada.


O mercado continua de olho na previsão do tempo para o Oeste da África, de onde sai a maior parte do cacau produzido no mundo. Os modelos meteorológicos indicam chuvas diárias e temperaturas elevadas até domingo.


De acordo com o Zaner Group, a região está saindo do período seco do ano, mas só com chuvas consistentes nas lavouras, ao longo de várias semanas, é que a produção deve ganhar impulso.



Notícias Relacionadas
 Capacitação profissional em logística insere jovens no mercado de trabalho

17/04/2024

Capacitação profissional em logística insere jovens no mercado de trabalho

A FM Logistic, um dos principais operadores de logística e supply chain do mundo, há sete anos tem direcionado atenção especial para ações assistenciais nas regiões em que atua. Idealiza (...)

Leia mais
 Demanda maior por carga aérea atrai operadoras

19/03/2024

Demanda maior por carga aérea atrai operadoras

A disparada na demanda por transporte de carga aérea puxada pelo e-commerce trouxe diversos entrantes no mercado brasileiro após as turbulências da pandemia. Para além de empresas de log (...)

Leia mais
 ABOL fala sobre a regulamentação do mercado de carbono no Brasil em evento da Bravo

20/02/2024

ABOL fala sobre a regulamentação do mercado de carbono no Brasil em evento da Bravo

Em tramitação no Congresso Nacional, a regulamentação do mercado de carbono no Brasil poderá ser aprovada ainda este ano. Atualmente no Senado Federal, o Projeto de Lei conta com a numer (...)

Leia mais

© 2024 ABOL - Associação Brasileira de Operadores Logísticos. CNPJ 17.298.060/0001-35

Desenvolvido por: KBR TEC

|

Comunicação: Conteúdo Empresarial

Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com os nossos Termos de Uso e Política de Privacidade e, ao continuar navegando neste site, você declara estar ciente dessas condições.