01/03/2021

Veja os sete erros de logística cometidos recentemente pelo Ministério da Veja os sete erros de logística cometidos recentemente pelo Ministério da

 Veja os sete erros de logística cometidos recentemente pelo Ministério da Veja os sete erros de logística cometidos recentemente pelo Ministério da


Ao assumir o Ministério da Saúde do governo Jair Bolsonaro (sem partido) em maio de 2020, o general da ativa Eduardo Pazuello foi apresentado como um especialista em logística. Porém, desde então, uma série de erros operacionais marcaram a atuação do órgão em meio à pandemia da Covid-19.

Ameaçado de ser investigado pelo Senado Federal por sua atuação na crise, Pazuello teve que prestar esclarecimentos no Congresso. A casa ainda avalia a abertura ou não de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a apurar a conduta do governo federal durante a pandemia.

Listamos a seguir os sete erros de logística cometidos pela pasta nos últimos meses:

1) Vacinas pro lugar errado 

O mais recente equívoco logístico cometido pelo Ministério da Saúde foi uma confusão com o destino de remessas da vacina contra Covid-19. O governo enviou para o Amapá uma carga de 78 mil doses do imunizante Oxford/Astrazeneca que deveria ser destinada ao Amazonas.  

Com isso, o Amazonas, que vive uma crise em seu sistema de saúde, recebeu apenas as 2 mil unidades que seriam remetidas ao estado vizinho. A pasta afirmou que corrigirá o erro e que o Amapá ficará com as 2 mil doses que lhe cabem, e as outras 76 mil serão enviadas ao Amazonas.

A causa dessa troca de remessas não foi esclarecida até o momento.

2) Inação frente ao colapso no Amazonas

O governo federal admitiu que sabia do “iminente colapso do sistema de saúde” do Amazonas por conta do novo coronavírus dez dias antes de a crise estourar. A informação faz parte de um ofício encaminhado pela Advocacia-Geral da União (AGU) ao Supremo Tribunal Federal (STF).

3) Vaivém de vacinas da Índia 

No início deste ano, o governo anunciou que enviaria um avião à Índia para buscar vacinas contra a Covid-19. O ministério da Saúde divulgou o plano à imprensa, e um avião da Azul foi adesivado com a marca “Brasil imunizado” para fazer a viagem.

Porém, as negociações entre os governos brasileiro e indiano ainda não estavam concluídas. A partida da aeronave teve que ser adiada mais de uma vez, após um recuo da Índia, que não autorizou a exportação, sob a justificativa de que coincidiria com o início da vacinação local.

Com o fracasso do plano inicial, o avião foi deslocado para levar cilindros de oxigênio a Manaus. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, atribuiu ao “fuso horário” a dificuldade de negociação com a Índia.

4) Demora para compra de seringas 

O Ministério da Saúde demorou três meses para responder à Organização Panamericana da Saúde (Opas) se desejaria ou não efetuar compra de 40 milhões de seringas. O primeiro contato da pasta com a organização foi em 10 de agosto, quando o ministério questionou a Opas sobre a possibilidade de fornecimento de 40 milhões de seringas por meio do fundo rotatório. Porém, o governo se queixou do preço dos insumos. 

Diante da falta de definição sobre a importação de seringas via Opas, o governo foi alertado de que isso poderia acarretar um prazo ainda maior para a chegada dos insumos no país. Somente em 10 de dezembro, após um novo orçamento apresentado em 7 de dezembro, a pasta decidiu fechar contrato com a Opas.

5) Opção pelo frete mais lento para seringas

No mesmo caso da compra das seringas, quando o governo finalmente fechou o negócio, optou pelo prazo de entrega mais demorado, escolhendo frete por navio, e não por avião. O Ministério da Saúde chegou a contrariar um parecer da própria pasta que recomendava a compra de seringas com entrega por frete aéreo para garantir que o país tivesse insumos suficientes a tempo para efetuar a vacinação contra a Covid-19. 

6) Testes parados em um armazém  

Em novembro do ano passado, foi revelado que Ministério da Saúde tinha estocado 6,8 milhões de testes RT-PCR, considerados o "padrão ouro" para diagnosticar a Covid-19, mesmo com o país tendo um ritmo de testagem muito aquém da meta criada pela própria pasta. 

Além disso, os testes tinham prazo de validade entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, ou seja, estavam prestes a vencer. O governo, então, pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) uma extensão da validade do produto. Em dezembro, a agência aprovou, e os lotes passaram a poder ser usados até abril.

7) Menores de idade listados como vacinados

O banco de dados do Ministério da Saúde lista, como vacinadas, 2.355 pessoas com menos de 18 anos. A princípio, a vacinação para esse grupo não é permitida, já que nem a CoronaVac nem o imunizante da Oxford/AstraZeneca foram testados em menores de idade.

Procurada, a pasta não informou se menores de idade foram mesmo vacinados ou se os dados de idade e data de nascimento de adultos foram inseridos de forma errada.

Para especialistas, as incoerências nos dados aparentam ser um erro de registro no sistema.

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