A Ultragaz está investindo em soluções digitais para o agronegócio. A ideia é fornecer, junto com o gás liquefeito de petróleo (GLP), ferramentas automatizadas para pós-colheita. Já há softwares para torra de café, secagem de algodão, soja e feijão, além de monitoramento de aviários – processos que usam gás. Os próximos serão voltados a arroz, milho, trigo e pecuária. A diversificação de atividades começou em 2018, diz Aurélio Ferreira, diretor de Desenvolvimento. Desde então, a Ultragaz lançou cinco tecnologias para o agro e quer desenvolver mais cinco até 2025 com foco em produtividade e meio ambiente. Somente por meio das soluções, entregou mil toneladas de GLP de 2018 a 2020 para 80 novos clientes. Os recursos para o projeto vêm dos R$ 15 milhões anuais que aplica em inovação.
A participação do agro no faturamento da Ultragaz ainda é pequena, mas cresce no portfólio de inovação, contribuindo com 40% das soluções. Nos últimos três anos, a receita com o agro avançou 30,7% e o número de novos negócios cresceu 48%. “O alcance pode ser de três a quatro vezes maior em cinco anos. Vemos como um novo mercado com espaço para crescimento expressivo”, prevê Ferreira.
Desbravando\
O consumo do GLP no agronegócio brasileiro é incipiente, menor do que 1%, segundo a Ultragaz, a maior distribuidora do País. Um dos fatores que limitam a expansão do combustível no setor é o maior custo na comparação com fontes como lenha, diesel e eletricidade. “O custo unitário é maior, mas a ferramenta digital reduz em 20% o uso do próprio GLP”, diz Ana Eliza Vairo, gerente de Desenvolvimento de Soluções.
Foco sustentável\
Com o ESG em voga, a Ultragaz aposta também no potencial do gás como energia mais limpa do que as outras fontes para impulsionar o uso no campo. “Podemos ajudar na transição e na eficiência energética do setor”, comentam os executivos. A busca por uma agricultura de baixo carbono está entre os motivos apontados pelas agroindústrias para uso do gás liquefeito de petróleo, o GLP.
Voo alto\
A mineira Satis, de nutrição vegetal, quer crescer 26% em faturamento na safra 2021/22, apostando no aumento da área plantada com soja e algodão no País. Na temporada anterior, viu suas vendas avançarem 40%, principalmente com fertilizantes foliares e organominerais. “Reforçamos nossa presença em Mato Grosso, Goiás, Maranhão, Pará, Bahia e Minas Gerais”, conta José do Nascimento Ribeiro, presidente da empresa.
Capilariza\
Para o ciclo atual, a empresa prevê expandir a atuação no Cinturão Verde do interior paulista, com foco em hortifrútis. Hoje, as principais culturas atendidas são soja, feijão, algodão, milho e café. Está investindo também no e-commerce, com a entrada recente no marketplace Agrofy e na ampliação das equipes de campo para retomada das visitas aos produtores.
Segue o líder\
À frente do segmento de biolagarticidas para a cultura do algodão, a AgBiTech ampliou sua participação no mercado brasileiro de 47% para 78% da safra 2019/20 para 2020/2021. No segmento de soja, o market share da companhia australo-americana saltou de 17% para 37%. Em milho, a fatia é de 31%. “Atingimos 3,5 milhões de hectares tratados com nossos produtos após três safras comerciais”, estima Murilo Moreira, diretor de marketing da AgBiTech Brasil.
Pé na terra\
A fintech paranaense WTK Agro, de crédito para produtores rurais, se prepara para ir além do ambiente virtual. Até o fim do ano, quer abrir 16 pequenas agências em regiões agrícolas de 16 Estados, que contarão com gerentes, técnicos de seguro e caixas eletrônicos, conta o CEO, Wagner Souza. “Queremos atender do pequeno ao grande produtor, sem focar no momento em uma região ou cultura específica.” Recentemente, a WTK anunciou parceria com o marketplace Supercampo, criado por grandes cooperativas paranaenses, para oferecer R$ 20 bilhões em crédito.
Robótico\
A Copersucar criou um inovador sistema de emissão de notas fiscais, referentes aos recipientes de polipropileno das usinas – utilizados para carregar e transportar, cada um, 1.200 quilos de açúcar. No sistema, robôs emitem, em tempo real, extratos com as notas fiscais desses “big bags”, como são chamados na indústria, e que são reutilizados seguidas vezes, em uma eficiente política de logística reversa.
Eficiência\
Anualmente, conforme a Copersucar, circulam mais de 1,5 milhão desses bolsões entre as usinas associadas, indo e voltando de uma para outra. Com a robotização das notas fiscais, otimiza-se o tempo dos clientes, que passaram a rastrear em tempo real as notas e consequentemente as embalagens, e também da Copersucar, que antes fazia este trabalho, informa Dalbi Arruda, gerente executivo de Tecnologia e Processos.
Fonte: Valor Econômico
27/11/2024
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