A SKIC (Sigdo Koppers Ingenieria y Construccion) mapeou e vem acompanhando as movimentações e oportunidades do setor portuário brasileiro. A empresa chilena aposta em sua experiência com a recente estruturação da organização para expansão no Brasil, com o objetivo de ser um forte player como EPCista no setor de portos e terminais do país. A SKIC estuda e tem interesses em oportunidades relacionadas a projetos em portos organizados, por meio de leilões do governo federal, ou de terminais de uso privado (TUPs), através de contratos de adesão. A avaliação é que esses projetos vão contribuir para completar o ciclo de desenvolvimento da infraestrutura logística no país, que ainda enfrenta gargalos.
Para a empresa, apesar dos avanços nos últimos anos, a infraestrutura de logística no Brasil ainda enfrenta uma série de desafios e grande demanda por investimentos em diversos segmentos. “Se comparadas com outros países do mundo, nossas malhas terrestres, portuárias e aéreas são ainda pouco desenvolvidas — de forma geral. Com o aquecimento dos mercados de grãos, minérios, celulose, dentre outros, as demandas por infraestrutura logística são enormes, mesmo em período de pandemia”, analisou a diretora comercial da SKIC no Brasil, Indira Narvaz.
No setor portuário, a percepção é que os investimentos devem acontecer em diferentes frentes, tanto nas melhorias e expansão de cais, píer e docas, quanto nos pátios dos portos e retroáreas com demandas de movimentação e armazenamento. Além de novos editais, concessões ou contratos de adesão, algumas renovações de concessões também devem trazer investimentos obrigatórios. “Olhamos todo esse potencial com muito interesse. O setor prevê movimentar mais de R$ 30 bilhões nos próximos dois a três anos, dentre investimentos em portos organizados e TUPs”, destacou Indira.
Além do Chile, onde está sediada, a empresa está presente no Brasil, Colômbia e no Peru, atuando como epcista em projetos nos setores de mineração, energia, óleo e gás, saneamento, dessalinização e data centers nestes países. No Chile, a empresa participou do projeto de construção de mais de 50 quilômetros de correias transportadoras de minérios. Este ano, a empresa iniciou seu primeiro projeto no setor de mineração do Brasil, com a revitalização da moagem Itabrasco, em Vitória (ES).
O modelo de negócios da SKIC prevê a atuação junto a clientes privados, podendo apoiar o desenvolvimento e otimização dos seus projetos para aumentar a competitividade nas licitações e em projetos de terminais privados especializados, assim como serviços de estruturas marítimas (cais e píer) e estruturas de manuseio e armazenagem. A expectativa do grupo é trabalhar com empresas de logística e com os principais players do setor de mineração, do agronegócio e de indústrias, como do setor siderúrgico e de papel e celulose. Essas empresas devem ter investimentos diretos ou indiretos na expansão dos portos e terminais brasileiros, podendo ser potenciais clientes.
A diretora destacou que a presença no Brasil nos últimos quatro anos, atuando em projetos de energia, contribuiu para que a SKIC conhecesse mais o mercado nacional, facilitando sua reestruturação em 2020 visando a expansão nos demais segmentos de atuação da empresa. Na visão da SKIC, o Brasil é próspero na área de mineração, porém o baixo desenvolvimento de infraestrutura logística segue como desafio para o escoamento de diversos produtos no país. “As malhas terrestres e portuárias são precárias, são necessários altos investimentos iniciais para implementação de infraestrutura adequada, somado a um complexo sistema de licenciamento”, disse Indira.
TMSA
A SKIC entende que os grandes projetos de mineração podem ter desafios diversos, de logística, de fornecimento, de segurança e de construtibilidade. Por conta disso, Indira ressaltou a necessidade de uma combinação da metodologia construtiva com adequados projetos e construção de estruturas auxiliares. “A atuação em contratos de forma abrangente, na modalidade EPC (Engenharia, Compra e Construção, em português), nos permite atingir elevados níveis de eficiência, segurança e qualidade na operação, além de mitigar riscos”, acredita a diretora.
Fonte: PortoeNavios
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