Portos públicos e terminais privados brasileiros movimentaram um total de 1,21 bilhão de toneladas em 2021. O número representou um crescimento de 4,8% em relação a 2020, de acordo com o estatístico anual da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), divulgado nesta terça-feira (2). Os dados apurados demonstraram crescimento nas movimentações de granéis sólidos, granéis líquidos, contêineres e de carga geral. A movimentação de contêineres totalizou 133 milhões de toneladas, incremento de 11% sobre os números registrados em 2020. A participação da carga conteinerizada na movimentação total do setor portuário também foi de 11%.
No ano passado, o minério de ferro seguiu como a carga com maiores volumes movimentados: 370,4 milhões de toneladas, aumento de 4% em comparação com 2020 (356,1 milhões de toneladas). O Terminal de Ponta da Madeira (MA) foi a instalação que mais movimentou minério de ferro no Brasil: 182,3 milhões de toneladas (- 4,7%).
Mesmo com a queda, Ponta da Madeira foi a instalação que mais movimentou em 2021 entre os terminais de uso privado (TUPs). O Terminal de Tubarão (ES) ficou em 2º lugar, com 64,139 milhões de toneladas (+14,2%). Logo depois aparece o Terminal Aquaviário de Angra dos Reis (RJ). A instalação na costa verde fluminense movimentou 64,085 milhões de toneladas em 2021, com incremento de 6,4% em comparação com 2020.
O Porto de Santos (SP) se manteve na liderança entre os portos públicos, movimentando 113,3 milhões de toneladas no ano passado, 0,9% a menos em comparação com 2020. Na segunda posição, o Porto de Itaguaí (RJ), que teve incremento de 11,9% e chegou a 51,7 milhões de toneladas no último ano. Paranaguá (PR), na 3ª posição, movimentou 51,6 milhões de toneladas, decréscimo de 0,9% na comparação com 2020.
O granel sólido foi o segmento que menos cresceu (+1,8%) no último ano. "Um dos fatores que puxou o crescimento menor foi a quebra da safra do milho, que impulsionou a queda do crescimento da movimentação de granel sólido", explicou a diretora da Antaq, Flávia Takafashi, durante o evento de divulgação do estatístico aquaviário 2021. Já a carga geral solta, que teve queda de movimentação em 2020, cresceu 11,3% em 2021 sobre o ano anterior. Os granéis líquidos cresceram 8%, somando 313,7 milhões de toneladas.
O diretor Adalberto Tokarski disse que, no ano passado, o desempenho do setor vinha evoluindo bem no primeiro semestre, porém houve a diminuição das exportações de alguns produtos na segunda metade do ano, como açúcar e minério de ferro. Ele ponderou que, no geral, essas cargas registraram resultados positivos no ano. “Conseguimos chegar num número final, mas com alguns percalços de dois ou três tipos de produtos acabaram tendo diminuição no segundo semestre”, analisou Tokarski.
O diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery, destacou que o crescimento no ano passado esteve acima da média de 3,4% ao ano no período entre 2010 e 2021. “Foi um crescimento vertiginoso, em cima de uma base de comparação já muito elevada”, afirmou Nery. Ele acrescentou que a movimentação de 1,15 bilhão em 2020 já havia sido um recorde para o sistema portuário.
Projeções
Para 2022, os estudos da Antaq apontam que a movimentação alcançará 1,239 bilhão de toneladas, crescimento de 2,4% em relação a 2021. A agência prevê a manutenção do viés de alta na movimentação portuária pelos próximos quatro anos. A expectativa é que o setor portuário nacional movimente 1,402 bilhão de toneladas em 2026, ante 1,360 bilhão de toneladas em 2025.
Fonte: Portos e Navios
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