24/03/2022

Rota China-Europa por trem se torna mais recente gargalo global

 Rota China-Europa por trem se torna mais recente gargalo global



Mais de um milhão de contêineres destinados a percorrer cerca de 9.600 km de ferrovias que ligam a Europa Ocidental ao leste da China via Rússia agora precisam encontrar novas rotas por mar, o que eleva custos e ameaça piorar o caos logístico global.


Com a guerra de Moscou na Ucrânia, exportadoras e empresas de logística que transportam autopeças, carros, laptops e smartphones agora procuram evitar rotas terrestres que passam pela Rússia ou pela zona de combate.


Os riscos de segurança e os obstáculos ao pagamento por conta de sanções vem aumentando, assim como a desconfiança de que os clientes na Europa possam boicotar produtos que usam ferrovias russas.


A Kuehne + Nagel International, uma das maiores empresas de fretes da Europa, já rejeita cargas ferroviárias da China para a Europa, de acordo com Marcus Balzereit, vice-presidente sênior para Ásia-Pacífico da empresa com sede na Suíça. Algumas empresas estão se voltando para o transporte marítimo, disse Glenn Koepke, gerente geral da FourKites, uma provedora de tecnologia para o setor de logística com sede em Chicago.


O conflito está aumentando o congestionamento em alguns dos maiores portos, pressionando ainda mais as cadeias de suprimentos globais que ainda sofrem com a escassez de mão de obra induzida pela pandemia. Balzereit disse que uma combinação de soluções marítimas pode ajudar algumas montadoras e fabricantes de eletrônicos de alta tecnologia a evitar interrupções na produção, apesar do aumento nos custos.


A partir de março, o volume de exportação de trens com destino à Europa a partir do porto de Dalian foi “bastante reduzido”, segundo relato do Securities Times do grupo de mídia chinês People’s Daily. Os embarques aumentaram, na média, mais de 70% nos dois primeiros meses do ano. Representantes da China Railway não responderam imediatamente a um pedido de comentário.


As conexões ferroviárias entre China e Europa foram forjadas ao longo da última década como parte da Iniciativa do Cinturão e da Rota (a nova Rota da Seda) do Presidente Xi Jinping. Trata-se de uma mistura ambiciosa de política externa e estratégia econômica para estender a influência do país por todos os continentes.


Ano passado essas rotas entre China e Europa movimentaram cerca de 1,46 milhão de contêineres, transportando mercadorias avaliadas em cerca de US$ 75 bilhões, cerca de 4% do comércio total entre os dois lados, segundo estimativas da Bain & Co. (Com a colaboração de Charlie Zhu, Bloomberg News e Zhe Huang)


Fonte: Valor Econômico



Notícias Relacionadas
 CEVA desenvolve logística inversa para baterias elétricas

12/09/2025

CEVA desenvolve logística inversa para baterias elétricas

A CEVA Logistics está a desenvolver um serviço de logística inversa para baterias de veículos elétricos que chegam ao fim do ciclo de vida. A empresa criou uma rede de transporte e de ce (...)

Leia mais
 Andreani Logística aposta em Viana para continuar crescendo

10/09/2025

Andreani Logística aposta em Viana para continuar crescendo

Viana segue se consolidando como o principal polo logístico do Espírito Santo, a chegada da Andreani Logística é uma das provas disso. A multinacional argentina, que há 80 anos oferece s (...)

Leia mais
 Santos Brasil registra aumento na movimentação de contêineres em agosto

10/09/2025

Santos Brasil registra aumento na movimentação de contêineres em agosto

A Santos Brasil movimentou 140,8 mil contêineres em agosto, número 3,5% maior do que o registrado no mesmo mês de 2024, segundo relatório operacional divulgado nesta quarta-feira (3).

Leia mais

© 2025 ABOL - Associação Brasileira de Operadores Logísticos. CNPJ 17.298.060/0001-35

Desenvolvido por: KBR TEC

|

Comunicação: Conteúdo Empresarial

Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com os nossos Termos de Uso e Política de Privacidade e, ao continuar navegando neste site, você declara estar ciente dessas condições.