A redução no preço do diesel anunciada na manhã de hoje pela Petrobras segue o mercado internacional e tem caráter técnico, de acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo.
A partir de amanhã, a Petrobras vai diminuir o preço de venda do diesel nas refinarias às distribuidoras de R$ 5,19 para R$ 4,89 por litro, uma redução de R$ 0,30, o que corresponde a um corte de 5,78%.
Hoje pela manhã, antes do anúncio, a Abicom calculava que o preço do diesel vendido pela Petrobras estava, em média, 10% acima da paridade internacional, com espaço para uma queda de R$ 0,47 por litro.
“Mas o mercado hoje está aquecido, o preço [internacional] está subindo, acho que o valor da redução da Petrobras foi justo”, diz Araújo.
O executivo disse ainda que não vê risco de um desabastecimento de diesel generalizado iminente. Há alguns meses, havia incertezas sobre a capacidade de o Brasil conseguir manter as importações para atender à demanda nacional que não é abastecida pelas refinarias.
A redução de hoje é a terceira desde o começo de agosto. A companhia intensificou os anúncios a partir de julho, com cortes praticamente semanais nos preços.
Na semana passada, a estatal anunciou uma redução no gás liquefeito de petróleo (GLP), o “gás de cozinha”.
De acordo com a Abicom, nas cotações da manhã de hoje, o preço da gasolina vendida pela Petrobras estava 6% acima da paridade internacional, com espaço para uma queda média de R$ 0,17 por litro. O último reajuste da gasolina foi em 1º de setembro, quando a companhia anunciou uma redução de 7,08% em média nesse combustível.
Araújo disse, no entanto, que a volatilidade da gasolina no mercado internacional está alta. “Acho que precisa aguardar um pouco [para reajustar]”, disse.