A democratização da inovação, aliada à necessidade de romper barreiras e mudar a cultura das empresas para que estejam abertas às novas ferramentas e soluções propostas ao mercado, esteve no centro dos debates no evento "Inovação e Novas Tecnologias no Mundo da Logística", realizado virtualmente pela ABOL. Foram quase quatro horas repletas de trocas de experiências e apresentações voltadas à importância de se reinventar, enfrentar os desafios oriundos da pandemia e, ainda, estar pronto para a próxima década.
A abertura ficou por conta da diretora executiva da Associação, Marcella Cunha. Ela deixou clara a essencialidade dos Operadores Logísticos que, apesar de terem ganhado os holofotes durante a crise sanitária, seguem invisíveis aos consumidores que "esquecem ou sequer têm consciência que dependem diretamente dos OLs para terem seu abastecimento garantido". Não é à toa que uma das principais missões da ABOL é mudar essa visão da atividade no Brasil.
Em seguida, o presidente do Conselho da ABOL, Maurício Barros, destacou como as empresas têm enfrentado de cabeça erguida os diversos obstáculos impostos à cadeia logística, "fazendo o que podem para manter os negócios saudáveis e a população como um todo abastecida", sendo inovação e tecnologia fundamentais para garantir eficiência e efetividade.
No primeiro painel, operadores filiados à ABOL (BBM, UPS, DHL e Santos Brasil) falaram sobre a relevância das startups para enfrentarem o atual processo de transformação do setor, por meio de soluções para uma prestação de serviço mais eficiente ao cliente. No entanto, para aqueles que atrelam inovação à tecnologia, fizeram questão de lembrar que nem sempre uma depende da outra. A inovação está intimamente ligada à experimentação em áreas diferentes dentro da companhia.
Os três painéis seguintes trouxeram startups e logtechs, que apresentaram suas soluções para agilizar e facilitar o dia a dia dos OLs, como o uso de drones, monitoramento das cargas , compra inteligente de combustíveis e gerenciamento do frete. Foi uma verdadeira aula de soluções fora da caixa, que prometem crescimento, desenvolvimento, eficiência e qualidade.
Para finalizar, o CEO da Inova Trends, Luis Rasquilha, foi enfático ao falar de presente, passado e futuro na palestra "Building the Future - Cenários 2030". Para quem ficou curioso sobre a análise feita pelo especialista, o conceito mais importante da gestão para os próximos 10 anos é unir agilidade e ambidestria. Isso significa se adaptar ao cenário atual e ao mesmo tempo antecipar o futuro.
"Essa confluência fará com que as empresas estejam preparadas para 2030, quando teremos um ano mais conectado e colaborativo", afirmou o também professor, ressaltando os quatro pilares da gestão: pessoas, tecnologias, informação e plataforma/ ecossistema." As empresas têm que ser mais dinâmicas, ágeis, rápidas, mostrando que conseguem se adaptar ao contexto que está acontecendo".
27/11/2024
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